Tradição Reconhecida
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Grande notícia a de que Sua Santidade o Papa Bento XVI se prepara para autorizar a celebração de Missas seguindo o Rito ancestral, em Latim. À luz da própria preocupação alardeada pelo Concílio Vaticano II, de fazer o Catolicismo chegar a todos, não se compreendia a proibição. Permitir Missas nas línguas correntes, percebia-se. Porém, interditar A de Sempre alienaria Aqueles que mais próximos Dela se mostravam. Estão de parabéns o JSarto e o Rafael Castela Santos, a quem envio abraço amigo.
Junto «Missa Miraculosa», de um Martini estimável, o que nem sempre sucede: o Simone.
16 Comments:
At 1:44 PM, Jansenista said…
Se o problema da língua resolvesse o avanço do secularismo e da crise das vocações, percebia-se. De outro modo, é um detalhe puramente estético, com conotações algo pagãs (olha-se para o rito, não para aquilo que ele representa, como o cristianismo primitivo sempre acusou os pagãos de fazerem, com as suas idolatrias hiper-ritualizadas). Quanto ao latim, também ele é uma modernice, visto que em bom rigor tínhamos antes o aramaico, o hebraico e o grego. Mas pronto, chega de irritar os tradicionalistas...
At 1:54 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Jansenista:
Não estamos perante uma corrida para ver quem é mais antigo, mas numa preocupação de manter O que nos identifica com o que tornou grandiosa a Catolicidade, termo de cuja existência não estou certo. A Estética é importantíssima, mas o símbolo da resistência aos Modernismos ainda é mais. Sei que não será muito sensível ao primeiro e terceiro Pontos, porém esperava, apesar da austeridade do Ashram, que o Belo O cativasse. E, mais uma vez, relembro São Boaventura: «Todos os caminhos são bons para chegar a Deus». Os que levam lá, claro, não os que conduzem ao Adversário.
Abraço amigo.
At 2:09 PM, Anonymous said…
Este Martini fez-me lembrar, de facto, o outro Martini - o mau - e o seu "Que beleza salvará o mundo?". Caro Jansenista, certamente não será a "beleza" do rito conciliar.
E não se trata só de uma questão estética (a liturgia tem o seu lado teatral, claro está), mas de conteúdo. Basta comparar os dois ritos para percebe-lo. Contudo, mesmo se nos cingirmos à estética sou tentado a concordar com alguns amigos meus quando me dizem que a disposição da Missa moderna lhes faz lembrar a de uma loja maçonica.
Quanto ao Latim, é sem dúvida um factor unificador. É a lingua universal da Igreja.
Cara Paulo, Boaventura tinha boa intenção mas talvez tenha usado mal as palavras. Para Deus existe um único Caminho, Cristo.
Abraço a ambos
At 2:11 PM, Miles said…
Caro Jansenista, a mim não me irrita nada.
Passando ao que interessa, não se trata de uma questão de latim - língua sob a qual se processou todo o desenvolvimento orgânico da liturgia da Igreja do Ocidente, e não sob o grego ou hebraico - contra o vernáculo, mas antes de conformar totalmente o rito litúrgico com crença católica, factualidade que o rito tridentino realiza em pleno e o rito saído da reforma litúrgica do Vaticano II não, pois como o recorda a velha máxima latina, “Lex Orandi, Lex Credendi”. Sem prejuízo, o mesmo latim é um excelente garante da unidade e universalidade da liturgia católica, e um notório obstáculo à sua corrupção doutrinária.
At 3:55 PM, Anonymous said…
E Deus queira que recomecem com os cantos Gregorianos durante Cerimónias. Que saudades de algumas Semanas Santas. Isso sim eram Cerimónias!
At 3:57 PM, Anonymous said…
Lamento muchísimo que o jansenista no comprenda lo que está en juego. La Tradición no reclama asuntos estéticos, ni ritos, ni mucho menos hiper-ritos. Lo que está en juego no es el Latín. Está en juego la Fe, que se expresa de una manera bien precisa y determinada, como bien señala mi amigo JSarto al insistir en la máxima ciento y una mil veces demostrada de "Lex Orandi, Lex Credendi".
A la Fe sólida y bien asentada, sin solución de continuidad entre los Apóstoles y nuestros días, se corresponde la Misa de siempre, la celebrada por San Pedro en Roma, la codificada por San Pío V y fortificada por la Bula Quam Primam. Esa Misa, tanto en el Rito Romano como en los otros Ritos Católicos no romanos (que comparten Canon, Ofertorio y Consagración), expresa una Fe teocéntrica y lo expresa de un modo que ha sido declarado Dogma.
A una fe de pacotilla, etérea y evanescente, corresponden los cientos de ritos post-Vaticano II aprobados por Roma. Son testimonios de una fe venida a menos, adulterada, corrompida y ciertamente antropocéntrica.
Dicho esto le diré que ciertamente hay Misas en arameo, como las del Rito Siríaco, y en árabe, como las del Rito Maronita, por ejemplo. También las hay en buena parte en griego, como las de los uniatas.
Sin embargo la Iglesia se define como Católica, Apostólica y Romana. ¿No será pues algo más que una elección humana que el Latín, lenguaje de Roma, fuera el elegido para la Iglesia? ¿No será más que un hecho fortuito que la Iglesia tenga su capital en Roma y que fueran las estructuras y modos romanos las que asumió la Iglesia? Pues esa esencia de la Romanidad se expresa, también, en el Latín. Las ventajas que conlleva una lengua tan enormemente precisa como el Latín, en comparación de la mayor parte de las lenguas vernaculares, que además no está sometida a la atricción de una lengua todavía en uso no dejan de demostrar que ciertas elecciones el Espíritu Santo no son gratuitas.
Señor O Jansenista: no irrita quien quiere, sino quien puede.
Rafael Castela Santos
At 6:28 PM, Anonymous said…
Não podia estar mais de acordo com o Jansenista. Não sei porque se irritam tanto os demais.
Marta Castro
At 7:04 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Simão:
Sem dúvida, mas isso estava pressuposto, pois que Cristo é Deus, Hípóstase Do Único e Trino. Referia-se, evidentemente, àqueles que conduzem a Ele.
Querida Marta:
É uma festa cada vez que A vejo passar por cá. Espero que não me conte entre os Irrritados, julgo que não foi esse o meu tom.
A Todos:
Se tiverem a bondade de recordar um tanto do que tenho escrito, terão presente que, para mim, a Estética é fundamental. Não auto-suficiente, mas insusceptível de ser marginalizada de um sistema a que adira.
Beijinhos e abraços.
At 7:41 PM, Miles said…
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At 7:45 PM, Miles said…
Se porventura é católica - se não o é, deveria ter a seriedade de nem sequer intervir nesta discussão que não lhe respeita, tal como eu não discorro sobre o facto de o hebreu ser a língua ritual dos judeus, ou o árabe a dos muçulmanos -, pode continuar a frequentar as Missas do “Novus Ordo” de Paulo VI, em vernáculo, que nada nem ninguém a impede disso; agora, não a tenha a veleidade - tal como sucedeu nos últimos quarenta anos - de impedir os católicos que o desejem de assistir à Missa celebrada segundo o rito tradicional, o qual expressa de forma perfeita e integral toda a doutrina católica acerca dessa mesma Missa, e sem as corruptelas da reforma litúrgica pós-conciliar.
At 7:52 PM, Paulo Cunha Porto said…
Devo chamar a atençãqo dos interventores no debate para o facto de TODOS nesta casa terem o direito de se pronunciarem sobre o que muito bem entendam, para mais, como no caso, quando não se detecta incorrecção alguma. Bom fim de semana.
At 11:33 PM, Jansenista said…
Eh senhores, metam-se comigo, digam que não percebi e que não tenho dignidade para os irritar (e comprova-se, evidencia-se, salta à vista, que não os irritei). Agora porem em dúvida a seriedade intelectual de uma senhora que não conheço e envolverem isso num argumento anti-ecuménico, não será de mais? Lighten up guys, não mordam os iscos tão depressa, isto era uma provocaçãozinha irónica!
Por mim, peço desculpa à senhora de ter sido o pretexto para a má criação, e encerro o assunto de pé leve...
At 3:14 AM, Miles said…
Caro Paulo, apesar de crer que me mantive sempre dos limites da correcção e da urbanidade pelos quais faço sempre questão de me pautar - lamento tão-só que uma inconvenientíssima falha de cópia de que não me apercebi, impedisse que tratasse a minha interlocutora por Cara Marta Castro, como o Paulo sabe sempre ser meu hábito no relacionamento com terceiros nestas caixas de comentários -, ainda assim, se porventura o melindrei, as minhas mais sinceras desculpas.
Quanto ao resto que aqui foi dito no entretanto, e porque tenho em conta de pessoa séria e inteligente o autor de tais palavras, mau-grado as divergências pontuais que em relação a ele possa ter, face ao teor do que escrevi, recuso-me pura e simplesmente a acreditar que o mesmo me tivesse por alvo das suas palavras, e assim sendo dispenso-me de tecer mais quaisquer comentários sobre este tema.
At 11:57 AM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Jansenista:
Pensemos o "post" na sua intenção original, de júbilo por aumento de concórdia entre a Cristandade, tão ameaçada por inimigos a Ela exteriores.
Caro Sarto:
Não falemos em faltas de correcção o de urbanidade, a propósito do calor algo exclusivista de um Homem de Fé. Estou certo de que a Marta tomará as palavras que acrescentou como um gesto adequado ao Momento que deu origem ao meu pequeno escrito e que todos temos, julgo, razão para celebrar.
Abraços a AMBOS.
At 3:45 PM, vs said…
ENTÃO!!??
Vá lá meus amigos...não se vão zangar por causa disto!!
Eu (infelizmente) não tenho religião e, como tal, não vou perorar muito sobre este assunto mas não resisto a dizer que, 'visto de fora' (o que talvez me dê alguma margem de isenção, menos 'paixão' mais e frieza na análise), não estou a ver o porquê de se continuar a interditar a Missa Tridentina.
E agora (como diria o Engº sousa Veloso) despeço-me com amizade, até ao próximo programa.
At 6:06 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Nelson:
Apesar da Religião em falta, o Meu Querido Amigo compreendeu-me muito bem, o alívio pelo termo de uma fractura desagradável.
Na despedida faltou «e boas colheitas», hihihihohihi.
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