O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Wednesday, December 06, 2006

A Realidade Contada

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Quanto ao conclave sobre o aborto, testemunhos terríveis de três Mulheres que abortaram e da activista que deu o seu nome fictício à decisão do Supremo Tribunal Federal norte-americano de o liberalizar. Os oradores, sete, ao todo, muito eficazes e urbanos, apesar de algum treino oratório de parte deles poder, para nós, parecer assimilável a um tom dos teleevangelistas do eu País. Ao tom, que não ao conteúdo. Com tão espinhoso tema, as comunicações foram feitas dignamente. Devo dizer que, como sempre, prezei mais os argumentos de qualidade do que os de quantidade, mas os números que fora atingidos nos EUA, um aborto em cada três concepções, após a legalização, deixaram-me estupefacto, apesar de já saber os números altos. E toda a horrenda procissão de procedimentos para tornear os prazos permitidos, com puro assassínio torcinário dos fetos, duvido de que tivessem deixado alguém indiferente.
No fim, as amabilidades de nos considerarem a Portugal como um exemplo. E eu a perguntar para com os meus botões se continuaremos a ser merecedores dessas simpatias...

3 Comments:

  • At 2:07 PM, Anonymous Anonymous said…

    Queridíssimo Paulo
    Isto é para me desculpar, mais uma vez, por não estar de acordo consigo.
    Estes "números" SÓ foram conhecidos após a legalização, porque antes não se podia saber quais eram, por serem clandestinos. É abuso tentar dar a entender que aumentaram com a despenalização.
    Beijinho

     
  • At 7:13 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Não, Querida Marta, após a legalização foram realizados inúmeros inquéritos sociológicos mais do que fiáveis que confirmaram as estimativas feitas a olho antes, para além de muitas das pessoas que afirmam sem qualquer constrangimento ter procedido à carnificina confessarem que só recorreram a esse método por ter sido "descriminalizado".
    Não falei de dados disputados.

     
  • At 8:44 AM, Anonymous Anonymous said…

    Querido Paulo,
    O aborto magoa as mulheres. E muito. Acho que qualquer mulher consciente, madura, que fez um aborto, sofrerá, não só fisicamente, para a vida.
    A despenalização não tirará a dor.
    A despenalização não as despenalizará. Elas são as mais punitivas e críticas de si próprias. Vai, apenasm retirar-lhes o fantasma da clandestinidade, das especulações das «clínicas» duvidosas, da prisão...
    Não o quero convencer.
    Deixo aqui um beijinho

     

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