O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Tuesday, December 05, 2006

O Argumento Abortado

O Sr. Miguel Relvas, do PSD, diz que é favorável ao "Sim" no referendo da despenalização do aborto para ser moderno, para além das autoestradas. Que alguém defenda uma posição que acho abominável, por razões de crença em valores ou anti-valores, poderá ser para mim estranho e lamentável, mas é uma intervenção com dignidade no mero plano do debate. Que o faça para ir atrás dos outros, ou dos tempos, é a demissão de si. Ninguém que invoque a modernidade, ou a moda, para estabelecer as suas opções em tão grave matéria, poderá, doravante, reivindicar ter votado segundo a sua consciência.
E há uma frase esotérica, de um esoterismo sem dignidade: quando, depois disto tudo, o Sr. Deputado se atreve a "explicar" que evoluiu.

9 Comments:

  • At 5:03 PM, Anonymous Anonymous said…

    Quer dizer que quando as tendências forem outras Sua Excelência pugnará pelo NÂO, em novo referendo?

     
  • At 6:59 PM, Anonymous Anonymous said…

    querido paulo,
    que argumento tão infeliz! há mesmo quem fale para não estar calado!

     
  • At 10:25 PM, Anonymous Anonymous said…

    Evoluir é meramente seguir a moda. Logo, o sr. Relvas é moderno. E os modêrnos tendem a ostracizar tôdes os pirôsus...
    Cumpts.

     
  • At 1:20 AM, Blogger JSM said…

    Relvas? Esse nome diz-me qualquer coisa, e não é boa coisa. Qualquer coisa para má, mas não me consigo lembrar...
    Um abraço.

     
  • At 1:50 AM, Blogger M Isabel G said…

    Ao que chegámos!

     
  • At 8:02 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Creio tratar-se da mesma pessoa, Caro Espadachim. Mas claro que o apagamento está muito aquém de uma atoarda destas.

    Caro Estilista:
    Quem pode prever o Futuro? Aliás, à cautela, presumivelmente para ter algum, é bem possível que o político em questão enverede por aí, se o vento mudar. E, olhando à causa, até desejo que tal aconteça.

    Querida Teresa:
    Se estas papagaiadas viessem de pessoas sem responsabildades, tudo bem. Mas que é que eu estou a dizer? O homem é um parlamentar português de hoje, não é? Claro que está incluído nessa categoria em que a lógica das coisas se harmoniza.

    Hihihihihi, Meu Caro bic Laranja, Brilhante teorização da Modernidade, com as indicações fonéticas e éticas que nos fazem rejubilar por estarmos na pós-pós-dita-cuja.

    Meu Caro JSM:
    Uno a selectividade da minha memória à Sua, para olvidar proclamações sinistras.

    Querida Miss Pearls:
    E um jornal de referência deu tanta linha a uma coisa destas! Pensando bem, o critério jornalístico é impecável, do ponto de vista dos princípios - asneirada desta devia ser notícia. A realidade é que infirma as bases desta disposição profissional.
    Beijinhos e abraços.

     
  • At 8:05 AM, Anonymous Anonymous said…

    El susodicho e infame sujeto utiliza el verbo evolucionar. Y tiene sentido, porque en el fondo hay una veta de "evolucionismo" en todo esto.
    Con el evolucionismo tenemos un mundo donde al no haber habido Pecado Original, Cristo no sería necesario. De ahí que ahora diga que está a favor del aborto. Para quién así piensa no tiene ningún límite y, mucho menos, los Diez Mandamientos (especialmente el Quinto).
    Rafael Castela Santos

     
  • At 8:58 PM, Blogger M Isabel G said…

    caro Paulo
    Não matemos o mensageiro, O artigo no DN estava bastante bom. E até ficou bastante claro quais as "personalidades" que estão do lado do não e as suas "razões. E que personalidades valha-me Deus. Que seria daquela gente sem o partido?
    caso tivesse dúvidas, votava de forma contrária aos Relvas, ao rapaz que se diz especialista em AMbiente , etc.

     
  • At 6:11 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Brilhante como sempre, CFaríssimo Rafael. Com efeito, é um pouco a aplicação ao Salvador do dostoievskiano «se Deus não existe, tudo é permitido». Próprio de indivíduos muito cheios de si, para quem a Queda é uma falácia, porque não gostam de se imaginar por menos que o máximo!

    Querida Miss Pearls:
    Nada contra quem escreveu a peça, claro. Quando a realidade é hedionda que pode fazer um jornalista? Não mutilá-la, apesar de ela merecer, porque essa é a função dos carrascos, não dos "reporters".
    Beijinho e abraço.

     

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