Desventuras da Identidade
Claro que a elaboração de um cadastro com a identificação genética dos condenados criminalmente pode ter aspectos positivos, embora tema que venha a "provar" mais facilmente contra inocentes. Imagine-se um cabelo recolhdo num local em que alguém tenha sido assassinado a despertar suspeitas sobre quem nem sequer lá tenha estado... Mas confiemos na sabedoria dos magistrados.
Não posso tranquilizar-me é quanto ao uso indevido desses dados vir a ser controlado por uma daquelas pomposas comissões que a nada conseguem obstar. Tenho a certeza de que, estando os códigos disponíveis, muitos serão usados à margem da lei. Não me incomoda demasiado enquanto o sistema for restrito aos criminosos, digamos que será uma sanção acessória da sua prevaricação, o que até pode ter efeitos dissuasores. Mas temo que se venha a estender esta forma de controlar à generalidade das pessoas, até porque o sistema que se previa substituir a impressão digital, a leitura da íris ocular, estará em vias de ser posto de parte, com as recentes notícias da facilitação de alterações cromáticas da mesma.
Acima de tudo, é a subsunção de um homem a um código. Inscrito em si? Sem dúvida. Mas mediado por uma racionalização e redução que diminuem.
1 Comments:
At 6:27 PM, Paulo Cunha Porto said…
Mas andam danadinhos para introduzir o B:I:,Caro Espadachim. Nada tenho contra os arquivos de DNA. Quem não deve não teme. Tenho é a certeza que a utlização delesnão se circuncreverá aos limites legais. Este é o país das escutas ilícitas e da inobservância continuada de segredos de justiça, não esquecer.
Abraço.
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