A Viciação Almanáquica
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Descendente de Lavradores que sou, de um dos lados, sempre tive o hábito de passar os olhos pelo «BORDA D´ÁGUA», não tanto por interesses próprios nas culturas, mas por genérica predisposição para integrar as informações que dele constam na Cultura. Além do mais, identifico-me com a figura titular, pois, sempre que vislumbro uma nuvenzita sisuda no Céu, lá me muno eu do incómodo acompanhate que é o guarda-chuva.
Vem isto ao caso para dizer o quanto, nos derradeiros anos, se têm elevado as referências e a erudição da folha, desde que o Meu Amigo Pedro Teixeira da Mota assumiu responsabilidades editoriais nela. Nomeadamente, as suas preocupações espirituais, alicerçadas num imenso e intenso saber, vieram conferir uma dimensão de totalidade à interacção da alma e da agricultura, que fazia a superioridade reconhecida a esta pelos Antigos Romanos. Nem quero pensar que tenha algum fundamento um rumor incomodativo que, ultimamente, se vai espalhando, segundo o qual Quem tanto fez pela publicação estaria prestes a abandoná-la. Há coisas em que me recuso a acreditar, por prezar o bem de todos.
10 Comments:
At 12:11 PM, Anonymous said…
Só uma questão...
Com o ritmo alucinante com que as alterações climáticas acontecem nestes últimos tempos, o Borda d' Água ainda oferece fiabilidade a quem o consulta?
At 12:16 PM, Anonymous said…
Não imagina a saisfação que este artigo me deu. Descendente que sou, não de lavradores, mas de jornaleiros, também para mim a leitura do Borda d' Água foi sempre um hábito, por uma questão de cultura geral. Mas - ai, o meu desgraçado laicismo e a minha democrática falta de gosto! - preferia o estilo de João Domingues...
Abraço
At 12:22 PM, Anonymous said…
Vicio e muito amor...
Está tudo explicado!
At 1:01 PM, Anonymous said…
Calendario Zaragozano
At 1:02 PM, Anonymous said…
Rua da Alegria, 30
At 4:31 PM, Anonymous said…
O Borda d'Água era leitura obrigatória em casa dos meus avós, por isso desde pequenina me habituei a lê-lo.
At 5:23 PM, Capitão-Mor said…
Não tenho qualquer tipo de ascendência rural, mas recordo-me perfeitamente que em criança gostava imenso de lêr esta punlicação histórica. E ainda hoje me lembro das épocas de plantio...
:)
At 7:12 PM, Anonymous said…
Almanach Pallarés, Almanaque do Diario de Noticias, Almanaque de Santo Antonio, Borda d´Agua.......
At 7:25 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Rita:
Bem-Vinda ao comentarismo desta masmorra! Quanto à questão, é sem dúvida problema candente. Mas mais uma razão para o Pedro se manter: Como Ele é uma Autoridade em temas esotéricos, adivinhação incluída, poderia por essa via compensar as falhas de um empirismo subvertido.
Meu Caro Miguel:
Ainda bem que foi possível proporcionar-Lhe este pequeno prazer. Mas creio que importa é aproveitar a carga mítica,num sentido quase soreliano, do velhinho almanaque para fortalecer os laços que ligam todas as Pessoas com nezos familiares ao trabalho da terra.
Ambos os redactores exibem no que nos deixam as suas virtudes. E creio não ser traído pela parcialidade amical quando sublinho as mais-valias do Pedro.
Meu Caro Templário:
Cuidado com as ligaçoes ilegítimas, as exotéricas e as outras...
O Amigo Çamorano lê tudo, até nas entrelinhas. Fosse escrito com tinta invisível, nada Lhe escaparia!
Mais uma lembrança a unir-nos,então, Querida MFBA!
Prova de que os Espíritos Ilustres são formados desde muito cedo também pela leitura, Meu Caro Capitão-Mor.
É verdade, já esquecia ser o Amigo Çamorano Leitor Emérito de Almanaques, com relevo especial para o de Santo António.
Beijinhos e abraços.
At 4:06 PM, Anonymous said…
A benévola leitora T. tem posto muita curiosidade do Almanaque Palhares. É em http://diasquevoam.blogspot.com/
Cumpts.
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