O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Tuesday, November 14, 2006

Saco de Pancada

Pedro Santana Lopes vem queixar-se de muita gente que se teria aliado para meter ao fundo o seu governo. Apetece dizer que não se percebe como pode admirar-se de ter colhido o que semeou. Demarcou-se de Cavaco no momento do tabu, dando razão aos que diziam que o actual Presidente o quis no governo para não fazer ondas cá fora. Que espanta que este não esquecesse e não se assumisse como candidadto presidencial que rebocasse o "traidor de ontem"? Zangou-se com Marcelo no fim da Nova Esperança. Como poderia esperar que este não o demolisse nos mais influentes até porque ligeirinhos, vinte minutos da TV portuguesa? Diz que Sampaio prestou um péssimo serviço ao País. Mas fez tudo by the book, dando-lhe uma oportunidade, contra o seu próprio partido. Garante que se a causa fossem as trapalhadas nenhum governo aguentaria muito tempo. Mas haverá memória de algum que tenha deixado transpirar tantas?
PSL tem de queixar-se, a meu ver, de uma coisa só: de a Comunicação Social que se entreteve a fazê-lo, durante anos, ter descoberto, de repente, que sacrificando-o poderia, em certo momento aumentar as audiências. Quem com ferros mata...
No mais, a apresentação do livro, que não li, ressalvando os aspectos da desonestidade que se conexionam ao do outro, parece estranhamente adoptar o tom de justificação contra tudo e contra todos de «A ARMADILHA», de Vale e Azevedo.

10 Comments:

  • At 2:35 PM, Anonymous Anonymous said…

    Olá Paulo
    Já há algum tempo que qualquer passoa hoje edita um livro, o que é uma injustiça para os bons escritores que normalmente até nem vendem muito por não serem light, nem comerciais, no que esta palavra pode ter de terrível.
    Pedro SL é mais um que vem justificar ter perdido eleições.
    ...e a caravana continua a passar.
    Beijinhos.

     
  • At 2:37 PM, Blogger JSM said…

    Caro Paulo Cunha Porto
    O 'interregno' manifestou sempre alguma simpatia por figuras menos alinhadas deste regime. Santana Lopes é uma dessas figuras muito embora pareça o contrário! E pese os constantes erros e dislates, a incapacidade de perceber o seu destino, a verdade é que consegue transmitir algum calor e alguma esperança! É um fenómeno estranho, difícil de explicar, mas não estou a ver o Santana Lopes a entregar os pontos a Madrid. Nem a negar o nosso destino universalista. Sem o saber, admito, sem o compreender em toda a sua extensão, também concedo, mas a verdade aí está, ele fala, aparece, já cheio de feridas e nódoas negras, mas ainda desperta interesse entre os portugueses comuns!
    A conspiração de que fala no seu livro que não li, é uma evidência, não precisa de ser provada.
    Ele não é um deles.
    Talvez por isso escrevi este longo comentário.

     
  • At 3:06 PM, Anonymous Anonymous said…

    Eu deveria procurar nos arquivos do Interregno eventuais críticas àquelas personalidades deste falso e podre regime que se servem do mediatismo para chegar ao poder, que desconhecem o que é o serviço público, ou que gastam o património do povo deixando um rol de dívidas atrás de si. Mas não o vou fazer porque o tempo que dedico à blogosfera é limitado.

     
  • At 6:45 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Querida MFBA:
    Sempre será bom, como elemento de estudo, que os políticos portugueses comecem a publicar memórias, uma variante em relação às folhecas programáticas de propaganda barata e às inenarráveis colectâneas de discursos com que dantes nos brindavam. Mas todo o aparato despojado do "homem só" na apresentação do livro surge-me como artificialidade de prolongamento do "pathos" das circunstâncias que o apearam.

    Meu Caro JSM:
    É-o porque, desde que se resolveu candidatar a "leader" partidário, tomou para si o papel da aliança com as bases, no Partido, e com o Povo, na Cidade, contra os políticos instalados saídos de carreiras certinhas. Pela má-vontade alheia, com certeza, mas também muitíssimo por culpas próprias, não conseguiu ser levado a sério como governante, ao contrário do que tinha provado como conquistador (do poder, não levem para a malandrice). O carisma por vezes parece ser a regeneração dos votos, mas não por abrir virtualidades na instituição fechada, apenas por branqueá-los momentaneamente. Tudo o que não seja nomeação a partir de cima, pelo Rei, ou, no limite, pelos Militares - ma´s neste último caso só em períodos de crise - não pega.

    Meu Caro Miguel:
    São também considerações destas que me fazem constatar o absoluto falhanço de PSL. Mas compreendo o JSM quando fala no capital de esperança que ele mobilizou e se perdeu, pelo triunfo da classe política mais ortodoxa. Só que, claro, não só por responsabilidades alheias como o justificante quer, senão também por próprias e grandes. Como escrevi aqui uma vez: «fizeram-lhe uma coisa feia, mas ele tinha-se posto a jeito»...

     
  • At 7:21 PM, Anonymous Anonymous said…

    Paulo,

    Partilho algo do que se diz do PSL, e até sei que o valor que lhe dão as Mulheres portuguesas é um bom teste, porque a Mulher portuguesa ainda tem raça. Mas não sei se PSL tem madeira por onde arder. Ouvi algo dele ( ouve-se muito) que o fazia débil e dependente. Tenho a certeza que é muito melhor que Durão e que, pelo menos, era capaz de ainda cair no ridículo, quando só nos restasse isso, sem medo, se viessse amanhã o referendo da Ibéria. Mas não tem por onde arder. Um pouco de organização para resistir também é necessário.O medo natural não é mau se se o quiser combater. Até um bom ponto de partida. Agora uma coragem natural, não dura sempre.

    André

     
  • At 7:21 PM, Anonymous Anonymous said…

    quando se fala em Pedro Santana Lopes, lembro-me sempre, sempre do "patinho feio". porque será?!? de qq forma, já decidi, vou ler o livro, nem que seja na transversal.

     
  • At 7:23 PM, Anonymous Anonymous said…

    teresa (leia-se Teresa Pereira/Pedra), esqueci-me do link do blogue...

     
  • At 8:23 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro André:
    Corroboro a maior simpatia relativa por PSL, quando posto perante José Barroso. Mas não é grande elogio, porque não sou sensível às qualidades que este, eventualmente, tenha. Quanto à Madeira, talvez não disponha de lenha para queimar por um certo incêndio a ter consumido toda, não?

    Querida Teresa, fardada e à paisana:
    Olá, a esperança feminina de que se torne num belo cisne?
    É ler e fazer um relatório, que quero saber por fonte fidedigna se vale a pena lá aplicar o meu tempinho.
    Beijinho e abraço.

     
  • At 9:44 PM, Anonymous Anonymous said…

    vou ver se não me perco nas posições exaustas para o (livro) encontrar nesta confusão! (estou a meter-me contigo):):):):)

     
  • At 10:38 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Esse parêntesis!!!
    Beijinho.

     

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