O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot
Sunday, November 12, 2006
A Loucura ou o Elogio?
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Esta fotografia, que se deve a Caroline Jouve, foi tirada no Porto e intitulada «Um Bloguista Português». Não consegui decidir se estamos a ser louvados ou difamados. É uma questão de ângulos, suponho. Talvez aumentando...
Creio que é num famoso filme francês sobre Napoleão que se diz que alguém que passa a vida a ser visto de costas nunca grangeará prestígio. Devo dizer que os elementos interpretativos que mais me deixaram indeciso foram o desenho no piso e o corpo que espreita por entre os membros inferiores do fotografado. Abraço, Meu Caro Capitão-Mor.
Por acaso, caro Paulo, numa certa perspectiva (o rapaz está em posição de quem precisa se aliviar de algo) a foto não é abonatória em duplicado. Ou seja, bloguistas ou quinados ou a fazer impropriedades. Ainda assim, muito engraçado.
Meu Caro MGReis: E grande prazer foi ir ao Seu. Vi que também gostou de «Leitura» publicada há alguns dias. Quanto à fotografia também fiquei algo de pé atrás com as disposições que refere. Embora a vista e a contemplação dela enquanto o imortalizado se concentrava na blogação me transmitissem a sensação de alguma ambivalência.
Meu Caro Simão: Belíssima interpretação de uma notável aptidão integradora da marca que jaz por terra. Gostaria que essa revivescência fosse real para todos os que se dedicam a esta absorvente actividade. Abraços a Ambos.
"nice going" Paulo e Simão. Esta perspectiva dá-nos a ilusão de invisibilidade e de transparência: nós espiamos o homem que à noite espia a cidade. O segredo é nosso? bjsss, mi
Querida Margarida: Bela é a Tua observação: está claro que essa "vingança" sobre o observador nos irmana a ele, até no sentido de o imaginarmos a exprimir as suas sensações perante o que contempla, da mesma forma que nós estamos a fazer aqui, com uma visão que também o abrange: teclando. Uma espécie de caixas chinesas, em suma. Beijinhos.
Sobre «A Leitura», não conhecia nem a pintura nem a autora, mas fiquei deslumbrado, e a si agradecido. Acho o quadro uma alegoria perfeita, a leitura como a desfragmentação, desconstrução do eu, ainda que num processo em que ainda se mantém uma estrutura inicial. O leitor como um puzzle que, pela leitura, se desmonta, cujas próprias peças, depois de separadas umas das outras, se alteram, mas mantendo nessa quebra a possibilidade de uma reconstrução, de completar um novo puzzle. Além disso, a simplicidade com que a pintora implementou o conceito, mais aumentou o meu deleite. Excelente, na minha opinião.
O Paulo é sempre bem vindo ao meu humilde cantinho.
Muito obrigado, Caro MGReis, usarei e abusarei dess hospitalidade. Também foram razões dessa ordem que me sensibilizaram na pintura, sem dúvida. Abraço.
11 Comments:
At 8:58 PM, Capitão-Mor said…
A fotografia não é muito abonaória! :) Um fulano de costas e pernas abertas não é muito promissor...
At 9:13 PM, Paulo Cunha Porto said…
Creio que é num famoso filme francês sobre Napoleão que se diz que alguém que passa a vida a ser visto de costas nunca grangeará prestígio.
Devo dizer que os elementos interpretativos que mais me deixaram indeciso foram o desenho no piso e o corpo que espreita por entre os membros inferiores do fotografado.
Abraço, Meu Caro Capitão-Mor.
At 9:48 PM, Anonymous said…
"Talvez aumentando..." o quê? paulo, fiquei a zero! não consigo ligar a foto com o título. mas também não tenho que perceber de tudo, acho. :)
At 9:52 PM, Paulo Cunha Porto said…
A fotografia, Teresa, clicando. Penso que só em maior poderá o Leitor analisar correctamente. A mim nem assim a perplexidade se evaporou.
Bj.
At 10:39 PM, Miguel G Reis said…
Por acaso, caro Paulo, numa certa perspectiva (o rapaz está em posição de quem precisa se aliviar de algo) a foto não é abonatória em duplicado.
Ou seja, bloguistas ou quinados ou a fazer impropriedades. Ainda assim, muito engraçado.
É um prazer ler e ver o seu blog.
Um abraço
Miguel
At 11:33 PM, Anonymous said…
Penso que é um elogio. O desenho é de um homem morto, que se levanta e olha a cidade. Uma alegoria do blogger, talvez.
abraço
At 9:04 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro MGReis:
E grande prazer foi ir ao Seu. Vi que também gostou de «Leitura» publicada há alguns dias.
Quanto à fotografia também fiquei algo de pé atrás com as disposições que refere. Embora a vista e a contemplação dela enquanto o imortalizado se concentrava na blogação me transmitissem a sensação de alguma ambivalência.
Meu Caro Simão:
Belíssima interpretação de uma notável aptidão integradora da marca que jaz por terra. Gostaria que essa revivescência fosse real para todos os que se dedicam a esta absorvente actividade.
Abraços a Ambos.
At 10:41 AM, Anonymous said…
"nice going" Paulo e Simão.
Esta perspectiva dá-nos a ilusão de invisibilidade e de transparência: nós espiamos o homem que à noite espia a cidade.
O segredo é nosso?
bjsss,
mi
At 11:00 AM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Margarida:
Bela é a Tua observação: está claro que essa "vingança" sobre o observador nos irmana a ele, até no sentido de o imaginarmos a exprimir as suas sensações perante o que contempla, da mesma forma que nós estamos a fazer aqui, com uma visão que também o abrange: teclando.
Uma espécie de caixas chinesas, em suma.
Beijinhos.
At 1:07 PM, Miguel G Reis said…
Caro Paulo
Sobre «A Leitura», não conhecia nem a pintura nem a autora, mas fiquei deslumbrado, e a si agradecido. Acho o quadro uma alegoria perfeita, a leitura como a desfragmentação, desconstrução do eu, ainda que num processo em que ainda se mantém uma estrutura inicial. O leitor como um puzzle que, pela leitura, se desmonta, cujas próprias peças, depois de separadas umas das outras, se alteram, mas mantendo nessa quebra a possibilidade de uma reconstrução, de completar um novo puzzle. Além disso, a simplicidade com que a pintora implementou o conceito, mais aumentou o meu deleite.
Excelente, na minha opinião.
O Paulo é sempre bem vindo ao meu humilde cantinho.
Abraço
Miguel
At 8:34 PM, Paulo Cunha Porto said…
Muito obrigado, Caro MGReis, usarei e abusarei dess hospitalidade. Também foram razões dessa ordem que me sensibilizaram na pintura, sem dúvida.
Abraço.
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