A Robotização do Homem

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Que os Chineses não hajam aderido à campanha de serem abraçados por um desconhecido é mais do que compreensível - não se vislumbraria motivo válido, a dimensão dos habitantes do País ameaçaria a própria integridade, se todos revelassem idêntica disposição, nunca se sabe se um estranho, por detrás das manifestações de afecto não quererá ir-nos à carteira...
Agora que um colégio anglo-saxónico venha banir os abraços inocentes entre conhecidos, os alunos, pois deles se trata, é muito mais grave, ao barrar as demonstrações de afecto pelos conhecidos. É, ou um ideal de impassibilidade que ferirá pela frieza coagida, ou um puro mal-estar perante a comunhão alheia que suscitará desconfianças quanto à vida social dos impositores. O mais ridículo de tudo: dizer que os amplexos atrasam os alunos no horário das aulas.
O que se constata é que os directores da escola chegaram à autoridade muito retardados no que de mais elementar há nas relações entre indivíduos. Depois do sorriso nos passaportes, isto! O que virá a seguir? A interdição de colocar «beijinhos e abraços» no final dos comentários, num blogue?
Bah! Devem querer-nos a todos com o aspecto da imagem.