Perigos & Socorros
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No fim do século XVII, tendo suportado, pela segunda vez, um cerco turco, a população de Viena fê-lo tão heroicamente como a guarnição do célebre Alcazar de Toledo, embora se fale por cá menos dele. Sob a chefia do Conde de Starhemberg nunca perdeu a cabeça, coisa que se não pode dizer do chefe dos sitiantes, considerada a totalidade biográfica. Inventou um remédio contra o sono melhor do que a cafeína, a pena de morte para os soldados apanhados a dormir. Protagonizou cenas hollywoodescas avant la lettre, com a neutralização do "detonador" das minas que os exércitos otomanos tinham armado, para acabarem com a resistência a partir de uma explosão subterrânea. E, no entanto, estes feitos de nada teriam valido, não fora o auxílio externo trazido pelo Exército Imperial habsburguiano e pelo Rei da Polónia Jan Sobieski, o qual, à frente de uma carga memorável de hussardos decidiu a sorte da batalha. Em 12 de Setembro. Para celebrar, devorou-se a bom devorar o célebre croissant, com cada habitante da cidade a fazer questão de comer um, símbolo que era dos derrotados. Eram tempos em que, sob Patrocínio Papal, ainda se convocavam Ligas Santas para defender a Europa, apesar do traiçoeiro egoísmo de Luís XIV.
Hoje, pela primeira vez, desde aí, vem, da Turquia, uma ofensiva dirigida ao Velho Continente. De natureza diversa, procurando integrar-se, com uma população difícil de absorver, pelo número e pelos valores fundamentalistas escondidos com o rabo de fora, sob a capa do «religiosismo moderado» do partido do Primeiro-Ministro.
E na guerra dos valores os olhos da Esperança tornam a dirigir-se para a Polónia...
No fim do século XVII, tendo suportado, pela segunda vez, um cerco turco, a população de Viena fê-lo tão heroicamente como a guarnição do célebre Alcazar de Toledo, embora se fale por cá menos dele. Sob a chefia do Conde de Starhemberg nunca perdeu a cabeça, coisa que se não pode dizer do chefe dos sitiantes, considerada a totalidade biográfica. Inventou um remédio contra o sono melhor do que a cafeína, a pena de morte para os soldados apanhados a dormir. Protagonizou cenas hollywoodescas avant la lettre, com a neutralização do "detonador" das minas que os exércitos otomanos tinham armado, para acabarem com a resistência a partir de uma explosão subterrânea. E, no entanto, estes feitos de nada teriam valido, não fora o auxílio externo trazido pelo Exército Imperial habsburguiano e pelo Rei da Polónia Jan Sobieski, o qual, à frente de uma carga memorável de hussardos decidiu a sorte da batalha. Em 12 de Setembro. Para celebrar, devorou-se a bom devorar o célebre croissant, com cada habitante da cidade a fazer questão de comer um, símbolo que era dos derrotados. Eram tempos em que, sob Patrocínio Papal, ainda se convocavam Ligas Santas para defender a Europa, apesar do traiçoeiro egoísmo de Luís XIV.
Hoje, pela primeira vez, desde aí, vem, da Turquia, uma ofensiva dirigida ao Velho Continente. De natureza diversa, procurando integrar-se, com uma população difícil de absorver, pelo número e pelos valores fundamentalistas escondidos com o rabo de fora, sob a capa do «religiosismo moderado» do partido do Primeiro-Ministro.
E na guerra dos valores os olhos da Esperança tornam a dirigir-se para a Polónia...
1 Comments:
At 7:02 PM, Paulo Cunha Porto said…
Note-se, Caro Visconde, que sou frontalmente contra a entrada neles na UE, não por alergia histórica, ou de fundo étnico, mas por razões de sustentabilidade económica e de harmonia cultural, com correspondentes ramificações de segurança.
Mas há versões que as dão como muito anteriores, Caro Espadachim.
Abraços a Ambos.
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