A Ressalva
Quem ontem tenha visto «As Escolhas de Marcelo», na RTP1 não pode ter deixado de ficar elucidado acerca das ambições pessoais do Comentador, se, por angelismo ou distracção, ainda lhe restassem dúvidas sobre o tema. Instado a pronunciar-se se, tal como Marcello Caetano confessava num documento, também se sentia muito mais realizado como professor do que como político, o ex-leader do PSD deixou escapar um «até agora, sim». Para que fique claro como a água que o abandono da política activa é apenas uma espera por dias melhores. Verdadeiramente, duvido que alguém minimamente atento tenha, por um segundo que fosse, acreditado noutra coisa...
6 Comments:
At 6:24 PM, Anonymous said…
Daqui a dez anos a escolha da direita para a Presidência da Républica vai ser entre Marcelo R. S. e Durão Barroso. Se até lá vai conseguir mais já não sei, mas que se vai bater pela Presidência não tenho dúvidas.
At 7:16 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Espadachim:
Com a diferença de que não consegue ter atrás dele uma hoste de permanentes indefectíveis, como Santana julgava ter e ainda vai tendo no Dr. Rui Gomes da Silva.
Querida MFBA:
Ele próprio já admite isso. Se e quando acontecer, marcará a rendição incondicional da vida política à notoriedade mediática. Até agora era influenciada por ela, mas Marcelo constituía, justamente, um caso, em que as pessoas gostavam de o ver actuar, mas como "entertainer", não como político, veja-se o caso do mergulho que deu a Câmara de Lisboa a Sampaio. Porém, desde que não tenha ideias luminosas do género, talvez as cãs dêem suficiente pose de estado que aplaque o resto.
Beijinhos e abraços.
At 11:15 PM, Anonymous said…
Todos os candidatos deviam mergulhar no Tejo. A
República devia mergulhar no Tejo...
Cumpts.
At 9:02 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Bic Laranja:
Lá está o Meu Querido Amigo, com a melhor das intenções, a querer poluir as águas...
Abraço.
At 8:07 PM, Anonymous said…
Tendo em vista a pretensão de chegar a Mais Alto Magistrado da Nação, seria muito interessante o estudo minucioso e aturado da evolução do percurso, do 'pensamento' e da imagem de Marcelo ao longo dos últimos trinta e tal anos.
Desde as páginas do 'Expresso' pré-abrilino às colunas no 'Diabo', com pseudónimo, do mergulho às actuais conversas em família.
Como quase conseguiu fazer esquecer o rótulo de 'maquiavélico' e calculista, como cortou a barbicha e atenuou o mefistofelismo do olhar. Como consegue piscar o olho a todos os sectores que possam um dia valer um voto ou um aplauso, ao ponto de mostrar a capa do último livro do último sonetista de província ou apresentar publicamente as obras de génios político-literários como Sampaio ou Saramago...
(Mera Culpa)
At 8:24 PM, Paulo Cunha Porto said…
Não esquecer que ele, embora desprezando a capacidade intelectual de um ex-presidente que não quero nomear, sempre lhe teceu loas ao alardeado faro político e, que é o que aqui importa, à capacidade de arrebanhar simpatias abrangentes.
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