O Conceito de «Força»
Nada tenho contra a criação da nova Força de 300 homens anunciada pelo Comissário Europeu Frattini, com o propósito de acorrer a situações de pressão fronteiriça como as que a Espanha viveu. Parece-me que o efectivo será demasiado reduzido face à enorme extensão delimitadora a que terão os recrutados de acorrer em caso de urgência, mas resta esperar que não haja coincidências de crises em diversos pontos dela. Assim como me parece positiva a intensificação do controle dos empregadores que contratam ilegalmente, embora tenha dúvidas de que legislação menos drástica do que a norte-americana, com prisão efectiva e rombos nas carreiras dos prevaricadores, venha a ter alcance significativo. Mas gostaria de ter visto era alterações nas instruções dadas às polícias fronteiriças, no sentido de não ceder, por motivos humanitários sequer, àqueles que invadem um país infringindo a lei que lhes condiciona a entrada e, sobretudo, o aumento dos recursos que permitissem a detecção dos muitos ilegais já infiltrados, como a proibição de legalização à Lagardére dos que já violaram as leis. A imigração pode ser coisa excelente, se for de gente ordeira e cumpridora. É repulsiva, quando protagonizada por maralha que não respeitou normas. Que garantias temos de que cumprirão as restantes, com tão sinistro precedente?
Mas talvez tenha sido erro meu, tomar «força» no sentido de "fortalecimento".
6 Comments:
At 1:31 PM, Anonymous said…
Efecto Caldera
At 5:00 PM, Anonymous said…
É, de facto, um problema que não pode avolumar-se, sob pena de tornar-se incontrolável, como se observou nos enclaves espanhois. A nossa prática do deixa-andar, «coitados, sentem-se cá bem, devemos conceder-lhes a legalização da permanência», como advogou um novo grupo político e seus apaniguados, transformaria isto numa confusa Babel que, tal como referido em Génesis ll, pretendia chegar ao céu, tendo Deus impedido a sua conclusão por meio da «confusão de línguas». Transportado o princípio para os nossos dias, a confusão já não seria só de línguas, mas de "coisas" mais perigosas para o direito de cidadania que qualquer fronteira tem que defender, sem o que nem se justifica a sua existência.
Zé
At 6:53 PM, Anonymous said…
Estimado amigos Paulo y Ze: el problema no son los enclaves o plazas españolas de Ceuta y Melilla; el problema son los cientos de vehículos que pasan la frontera de los Pirineos todos los días sin control, los autobuses que llegan todos los días llenos de ciudadanos del Este a la estación de autobuses de Méndez Alvaro, en Madrid; el problema es el aeropuerto de Barajas, que recibe todos los días miles de personas con visas de turistas por tres meses, que se transforman en estancias indefinidas.......La inmigración ilegal es el PROBLEMA NUMERO UNO de España; y con la libertad de circulación Schengen, puede que lo sea también de Portugal......
At 7:33 PM, Paulo Cunha Porto said…
Tippex Caldera:
Uma alimentação do Fogo, hihhihi! Uma grande caldeirada!
Meu Caro Zé;
e por isso não compreendo a catalogação das prioridades. Se estas medidas fossem complementares das outras, muito bem. Agora fazê-las aparecer quase como substituto delas é pactuar com o que é condenável e fazer crescer pusões anti-imigratórias em que pague o justo pelo pecador.
Caro Amigo de Espanha:
Por isso mesmo e pelo assalto marítimo às Canárias que no outro dia referiu, me parece saber a pouquíssimo este elenco de medidas. E por cá já tivemos um ameaço. Mas o governo da altura vez batota e legalizou toda aquela gente à pressão, pelo mecanismo que o Zé enunciou. Em vez de defender a legalidade, optou por mudá-la. É de bradar aos Céus!
At 11:11 PM, Anonymous said…
E que tal se a ordem passasse a ser : "atirar a matar", em quanto tempo julgam que se resolvia este problema?
Não será melhor agora do que depois?
Alguem acredita que esta paz podre será eterna?
At 7:52 AM, Paulo Cunha Porto said…
Calma, Caro Anónimo, a detecção e expulsão decidida dos prevaricadores parece ser remédio bastante e proporcionado.
Há outras ameaças, infelizmente, para as quais esse mais violento remédio será necessário. Guarde-se, pois, o "stock".
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