A Moda Estercorária
É inútil qualquer tentativa em contrário. Não vereis nesta página fotografias dos corpos das duas crianças mortas em Nazaré por rockets do Hezbollah. Mas fica aqui dito alto e bom som que todo aquele que haja publicado imagens do género, decorrentes de ataques israelitas, e não faça agora outro tanto, com idênticos letreiros injuriosos, relativamente à chacina que resultou de disparos dos terroristas xiitas, além da decência, vê também interditada aos seus escritos qualquer credibilidade que exceda a da propaganda. Os Miúdos eram muçulmanos, pelo que, face à sua própria Fé, os autores da proeza têm o respectivo Inferno garantido. Ignoro se os seus apologistas ditos portugueses lá conseguirão arranjar um cantinho, mas, bem esmolado, talvez os tolerem num lugar menor dessa comunidade que tanto amam e pela qual abdicaram dos olhos, do cérebro e do coração.
11 Comments:
At 12:40 PM, Jansenista said…
Diz tudo! Assino por baixo!
At 4:08 PM, L. Rodrigues said…
Caro Misantropo,
Independentemente da natureza chocante das imagens, ou da maior ou menor justeza dos gestos, ocorre-me citar um articulista, israelita, do jornal Haaretz:
"Israel’s problems are not the result of insufficient bombing and destruction of Arab populations"
At 5:05 PM, Anonymous said…
Meu caro. Acho que tem toda a razão.
A coisa que mais me tem saltado à vista, tanto na blogosfera, como nos meios de comunicação tradicionais, é que quem comenta o conflito apenas está preocupado em adequar o comentário às suas próprias opiniões políticas, sem cuidar das questões objectivas que levam a esta deplorável situação.
Um abraço.
At 6:21 PM, Anonymous said…
Um post frontal e enérgico que honra a blogosfera que se dispõe a agitar o charco.
Um abraço.
Zé
At 7:15 PM, Paulo Cunha Porto said…
Obrigadíssimo, Caro Jans. Embora prefira conter a indignação na maior parte dos casos, por a saber inimiga, algumas vezes, da reflexão, estou certo de que tal não é aplicável a esta situação.
É exactamente isso, Caro Espadachim. Nem mais, nem menos.
Meu Caro L.Rodrigues:
Eu até podia concordar com a frase citada, com uma reserva quanto a insinuações acerca do elemento volitivo que dela se poderia retirar. Mas claro que ambos sabemos que seria impossível encontrar num jornal de um movimento radical, islamista, uma sentença igual, em que os vizinhos referidos fossem os Israelitas judeus, porque, note-se, as Crianças ora sacrificadas, embora Árabes, também eram Israelitas...
De qualquer forma, a minha desolação, neste "post" visava, justa e exclusivamente, a «natureza chocante das imagens» e a inaceitabilidade dos «gestos» que menciona.
Meu Caro «Velho»:
Calou-me muito a Sua aprovação, que, como as anteriores, me assegura estar no bom caminho.
Uma coisa é defender posições contrárias, outras é recorrer a meios que só podem ser considerados golpes baixos.
Meu Caro Zé:
Obrigado pelo estímulo. Se estas pobres palavras tiverem o condão de fazer as pessoas que, talvez impensadamente, enveredadram por forma de luta tão execranda a usarem na "net" modalidades de expressão de maior lisura sentir-me-ei recompensado. Não ando aqui à procura de pontinhos e sofro terrivelmente ao ver Pessoas que, nalguns casos, estimo e admiro, incorrerem em comportamentos que considero intoleráveis
Abraços a Todos.
At 7:43 PM, Anonymous said…
«Chacina»? Chacina é o que anda a Israel a fazer com caças e artilharia pesada no Líbano, pelos céus! Chacina premeditada, cruel e cega. Alguma vez é possível comparar F-16 vendidos pelo amigo americano a míseros «rockets», o poder de fogo da maior potência militar da zona aos fogachos de uma guerrilha? Quanto ao Jansionista, pode ir assinar com sangue a sua subserviência à embaixada de Israel ali ao Saldanha...
At 8:15 PM, Paulo Cunha Porto said…
Oh Victor Abreu, o ponto não era a qualidade e modernidade das armas, mas não me recuso responder-Lhe: anda meio mundo pasmado com a sofisticação de dois tipos de mísseis iranianos empregues pelo "Hezbollah".
Ab.
At 11:46 PM, Anonymous said…
Ainda aqui volto para uma nova abordagem a este post. Quem iniciou os ataques foi o Hezbollah, a partir do Líbano. Ora, uma guerra deve desenvolver-se, havendo meios, como o ataque a um incêndio: atacar forte, de início, para acabar depressa e minimizar prejuízos. Essa técnica do conta-gotas, preconozada pelo amigo Victor Abreu, é uma recente tática do nosso governo que os israelitas, naturalmente, não podiam seguir. Infelizmente, o Líbano tem os "amigos" que tem, era ali que Israel tinha que atacar o Hezbollah e fê-lo com um voluntarismo e uma capacidade que não deixasse dúvidas a ninguém. Claro que a resposta israelita está a ser devidamente apreciada pelo Síria e Irão, especialmente por este último que estará a levar longe demais o seu bluff. Mas, fá-lo sem custos monetários porque a desestabilização, da região lhe aumenta a receita petrolífera, obtendo ainda uns trocos com o aumento da influência no mundo árabe, como líder da provocação. Provocação que é paga por todos nós, cada vez que abastecemos os nossos carros, pelo desequilíbrio agravado da nossa balança, pelas ajudas que vamos concedendo às vítimas do Irão, da Síria e, também, de Israel, já que este, entre a espada e a parede, obviamente, opta pela espada.
Desculpas pelo abuso do espaço.
Abraços
Zé
At 7:46 AM, Paulo Cunha Porto said…
Abuso nenhum, Caro Zé, é bom que todos nos lembremos, quer da origem deste conflito, quer de quem está por detrás, a puxar os cordelinhos.
At 5:42 PM, Anonymous said…
Israel e o poder político-ideológico e económico judeu, claro!
At 9:01 AM, Paulo Cunha Porto said…
A Síria já foi riscada do mapa, Caro Victor Abreu?
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