Estragar a Festa
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Não vale apena recordar os factos, que são dos poucos que toda a gente conhece. Nem falar dos sete prisioneiros que estavam encerrados na Bastilha a 14 de Julho de 1789, como do facto de ali se não internarem presos provenientes do Terceiro Estado, pois os amotinados sabiam bem que o que lhes interessava era fazer cair o símbolo do Poder Real. Basta lembrar o duplo erro de M. de Launay, mostrando os canhões desmuniciados e, após o combate, rendendo-se, confiando na palavra dos que não tardariam a assassiná-lo. Uma turba ululante não é coisa com que se parlamente. Numa multidão revoltada que integra a pior das gentes - os desertores - não há que confiar em moderação ou respeito por compromissos. Mas serve esta triste história como marca infamante de um regime, a V República francesa, que ainda coloca tão triste evento como a referência da sua Festa Nacional. O outro 14 de Julho viria a redundar no Terror das cabeças cortadas. O de hoje vive no terror dos cérebros esmagados.
2 Comments:
At 12:17 PM, Anonymous said…
Já guardei o meu em lugar seguro...
- O Internauta Descerebrado
At 12:27 PM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihihi! Prudentíssimo, Caro Internauta DESCEREBRADO! Há que resistir à normalização.
Abraço.
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