Jogada de Antecipação
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A 12 de Julho de 1290 Eduardo I de Inglaterra - sim, o do «BRAVEHEART» - expulsou os judeus do seu reino, adiantando-se às três(!) expulsões francesas do século seguinte e, duzentos e tal anos, às conhecidas correspondências peninsulares que culminaram violências também bastante faladas, ultimamente. Admiravel Inglaterra que experimenta sistemas pouco recomendáveis com tanta precocidade que fica isenta de por eles penar mais tarde! Foi a República, no Século XVII e o anti-semitismo de estado no XIII! Quando estados continentais estavam amargamente mergulhados nas animosidades contra os criptojudeus que tinham subsistido, dispunha-se o mundo britânico a começar a sair delas, no momento em que Cromwell lhes permitiu o regresso. Apesar de fortes sentimentos anti-judaicos terem florescido mais tarde em comunidades protestantes extremadas da Europa Central e da América do Norte, por esta altura, pese embora no mundo reformado das Ilhas ser cada seita sua sentença, pode dizer-se que a tendência dos anti-católicos e anti-anglicanos era no sentido filojudaico, por ser privilegiado o regresso à literalidade da mensagem esmagadora do Antigo Testamento, com algum apagamento da prioridade da lembrança dos Matadores de Cristo. Talvez por isso, tendo, a partir das Revoluções seiscentistas construído uma aristocracia menos ávida que as do continente, bem como uma classe média menos invejosa, se tenha tornado possível conter a força segregadora da populaça e aproveitar para o esforço nacional o Povo de David. Foi também isto que fez a grandeza dos súbditos de Sua Graciosa Majestade, desconhecedores da derrota militar, salvo na Guerra da Independência Americana, que, no entanto, depressa reconverteram em vitória. Quando, em 1829, os Judeus atingiram, na mesma época que os Católicos Romanos, a plena cidadania estavam reunidos os requisitos para que um deles, Disraeli, fosse o expoente máximo da proclamação da Pax Britannica e tantos da sua raça servissem com mérito, sacrifício e fidelidade semelhantes aos demais em duas guerras mundiais.
A Inglaterra é diferente. E por isso se saiu sempre bem.
A 12 de Julho de 1290 Eduardo I de Inglaterra - sim, o do «BRAVEHEART» - expulsou os judeus do seu reino, adiantando-se às três(!) expulsões francesas do século seguinte e, duzentos e tal anos, às conhecidas correspondências peninsulares que culminaram violências também bastante faladas, ultimamente. Admiravel Inglaterra que experimenta sistemas pouco recomendáveis com tanta precocidade que fica isenta de por eles penar mais tarde! Foi a República, no Século XVII e o anti-semitismo de estado no XIII! Quando estados continentais estavam amargamente mergulhados nas animosidades contra os criptojudeus que tinham subsistido, dispunha-se o mundo britânico a começar a sair delas, no momento em que Cromwell lhes permitiu o regresso. Apesar de fortes sentimentos anti-judaicos terem florescido mais tarde em comunidades protestantes extremadas da Europa Central e da América do Norte, por esta altura, pese embora no mundo reformado das Ilhas ser cada seita sua sentença, pode dizer-se que a tendência dos anti-católicos e anti-anglicanos era no sentido filojudaico, por ser privilegiado o regresso à literalidade da mensagem esmagadora do Antigo Testamento, com algum apagamento da prioridade da lembrança dos Matadores de Cristo. Talvez por isso, tendo, a partir das Revoluções seiscentistas construído uma aristocracia menos ávida que as do continente, bem como uma classe média menos invejosa, se tenha tornado possível conter a força segregadora da populaça e aproveitar para o esforço nacional o Povo de David. Foi também isto que fez a grandeza dos súbditos de Sua Graciosa Majestade, desconhecedores da derrota militar, salvo na Guerra da Independência Americana, que, no entanto, depressa reconverteram em vitória. Quando, em 1829, os Judeus atingiram, na mesma época que os Católicos Romanos, a plena cidadania estavam reunidos os requisitos para que um deles, Disraeli, fosse o expoente máximo da proclamação da Pax Britannica e tantos da sua raça servissem com mérito, sacrifício e fidelidade semelhantes aos demais em duas guerras mundiais.
A Inglaterra é diferente. E por isso se saiu sempre bem.
9 Comments:
At 11:25 PM, Anonymous said…
Conclusão: Os judeus são o melhor amigo do homem?! Depois do cão,...claro!
At 2:37 AM, vs said…
"A Inglaterra é diferente. E por isso se saiu sempre bem."
Pois é, mas há quem não compreenda (nem aprenda).
Coitados.
At 8:55 AM, Paulo Cunha Porto said…
Não é essa a minha conclusão.
Explicito-a: um país que cedo ultrapassou os surdos rancores contra uma raça que produziu muitos valores ficou sempre por cima. Os outros... é o que se sabe.
Meu Caro Nelson:
Pois é. E tenho pena que se substitua a admiração, ou, por os estigmas serem grandes, não podendo partilhá-la, o estudo atento para a seguir na receita de fortalecimento de um país, pelo ressentimento que mais não faz do que pretender abaixar e rebaixar quem sucesso teve e tem.
Abraço.
At 9:27 AM, Flávio Santos said…
Nem vou comentar o arrogante "coitados" do comentador acima. Mas ele que explique a decadência daquele país, transformado praticamente em 51º estado norte-americano e totalmente subjugado à City, manipulada sabemos bem por quem.
At 10:04 AM, Paulo Cunha Porto said…
Eles não se sentem assim, FSantos, pelo contrário, acham que fizeram um grande negócio ao deixarem às colónias o trabalho sujo de «interesses comuns». Ao contrário dos continentais, que tentam levantar cabelo, para logo serem postos na ordem, o Reino Unido delira com este domínio do que encara como a pior gente que dele saiu, na dupla faceta de feitor dos turbulentos europeus e extintor certo de algum incêndio que ameace a Mãe-Pátria...
E talvez tenham razão.
At 10:54 AM, Anonymous said…
Lo que mal empieza, mal acaba. E Inglaterra, la moderna Inglaterra, está mal fundada. Y lo mal fundado acaba por caerse.
Lord Disraeli, a quien los conservadores tanto alaban, tiene un buen análisis hecho por el Padre Leonardo Castellani. A él me remito.
A los que vivimos en tierras de la Merry England -no olvidemos: la tierra más monástica de la Cristiandad antes de la maldita Reforma- nos intoxican por todos lados. Soy testigo de que la gente no es feliz aquí y que el escapismo alcanza cotas en estas tierras que no he visto en otros lares.
De todas maneras me uno a San Juan María Vianney, quien profetizó una nueva edad de oro en una Inglaterra "a la que se habrá quitado todo su poder en razón de sus pecados pasados". En esa edad de oro Inglaterra brillará en la Cristiandad por su santidad y sabiduría. O sea, lo mismo que antes de la peste negra y Enrique VIII.
Por esa Inglaterra, por la de Chesterton, la de Belloc, la de Newman, la de Tolkien o la de Benson, entre otros, brindo gustosamente. Por esa Inglaterra, tan distinta de la que padecemos los que aquí y ahora vivimos, merece la pena luchar.
Rafael Castela Santos
At 11:12 AM, Paulo Cunha Porto said…
Penso, Caríssimo Rafael, que já estivemos mais longe. Todas as notícias que vou tendo dão conta de um grande refluxo no vigor da Igreja Anglicana, muito por culpa da ordenação de Mulheres no Ofício Sacerdotal, como da abertura de cargos eclesiásticos elevados a sexualidades minoritárias, na "sucursal" episcopalista norte-americana; mas não só. E, paralelamente a esta perda de influência, verifica-se um aumento de aderentes ao Catolicismo, embora os números do abandono da religião oficial, infelizmente, não coincidam com os dos ganhos do Universalismo Católico. Mas é um princípio, raras vezes as grandes mudanças se empreendem de um dia para o outro.
Abraço apertado.
At 12:38 PM, JSM said…
Caro Paulo Cunha Porto
Sâo sem dúvida sabedores e práticos. Souberam sempre construir sólidas instituições políticas, um sistema justicialista que valoriza e dá independência aos juízes!, e ainda, aquilo que não gostamos muito de questionar: resolveram bem a grande questão da separação do Estado e da Igreja, ou seja, não separaram!
Para além disso, em termos estratégicos, são difíceis de afundar. Filipe II tentou...os outros fingiram que tentaram.
Um abraço.
At 8:43 PM, Paulo Cunha Porto said…
E, Caríssimo JSM, a "Invencível Armada" teve de mudar o nome. Penso que muito do êxito deles se deve a terem eliminado as tensões comunitárias, sem arrastamentos sangrentos, tão cedo e adequadamente a cada momento.
Abraço.
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