Instituições Para a Reforma
O protelar para 2007 da reforma das leis eleitorais, com a concordância dos dois grandes partidos é que inspira profunda desconfiança. Quer o PSD do Dr. Mendes fazê-lo para esperar pelas conclusões de um grupo de trabalho seu, de modo a elaborar as propostas a apresentar ao PS, na mira dos dois terços de votos favoráveis requeridos. Isto é trabalho que já deveria estar feito há muito. E a altura, relativamente calma, parecia favorável, quando comparada com o desconhecido vindouro do próximo ano. O que parece extraordinário é ser a grande solução de uns e fonte de oposição de outros a redução do número de parlamentares. Sou-lhe favorável, por, mesmo para quem aceite o espírito do sistema, ser evidente que muitos eleitos de segunda linha não têm intervenção visível aproximada da que deles se espera. Mas não é o fundamental. Este teria de passar pela criação de círculos uninominais a uma volta, abertos a independentes, única forma de minorar o monopólio partidário.
Não deixa de ser revelador que a solução mágica em que muitos acreditam para a política seja paralela à que se achou para melhorar o principal campeonato nacional de futebol e, quiçá, nela se tenha inspirado: neste reduziu-se o número de clubes participantes; na actividade da Assembleia da República pretende-se ver reduzida a cifra de intervenientes com lugar em São Bento...
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