Conflito de Interesses
A grande divisão do momento entre as cúpulas socialistas é tão artificial quanto uma das soluções aventadas para a superar é artificiosa. Saber se o Eng. Sócrates deve ou não delegar o comando aparelhístico do partido para, supostamente, se dedicar, a tempo inteiro, ao governo, é pura fumaça, uma vez que quem quer que seja escolhido para coordenador partidário será sempre marioneta cujos fios serão manejados pelo Primeiro-Ministro. É, pois, uma questão meramente formal; mas as formalidades têm importância. Penso que há alguma vantagem em não haver acumulação da disciplina directa das tricas partidário-eleitorais pela pessoa que se propõe resolver os problemas do País. Por uma analogia com o hábito dos eleitos para a Presidência suspenderem as respectivas militâncias partidárias, quer dizer, para dar um sinal de privilegiar a actuação em vista a todos e não aos seus facciosos. O que é o contrário da desastrada razão apontada pelo Ministro Vieira da Silva, o qual querendo «mais PS no governo», está a optar pelo caminho certo, com o mais errado dos fundamentos: o de aumentar a carga de divisão que qualquer executivo eleito comporta.
1 Comments:
At 6:24 PM, Paulo Cunha Porto said…
Olha, olha. Então não era até ao fim da semana?
A questão é que, usando os dois ao mesmo tempo, pica a dobrar.
Abraço.
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