The Elder Statesman
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11 de Junho é dia em que se lembra a morte de Metternich. Sempre me foi Figura simpática, por ter conseguido tornear as desvantagens de o seu País começar a acumular uma experiência que se tornaria vasta em derrotas militares, para parafrasear o General Stumm, de Musil, alcançando pela habilidade negocial que fosse ainda a Áustria a ditar leis no Continente. E este conde Renano que só servia aquele Imperador por via da decadentíssima embora veneranda instituição do Sacro Império Romano-Germânico mostrou não se interessar senão pela substância, ao recusar-se a soltar um lamento pela extinção daquele complexo de vinculações. Figura Maior do Congresso de Viena, a ele se deve um sistema de segurança colectivo precursor das organizações supra-estaduais criadas no Século XX, pois estabelecia a intervenção efectiva das Potências coligadas, quando foco de agitação despontasse, tendo a sabedoria de integrar nele em paridade considerável a vencida França, ao contrário dos Conselhos de Segurança de vingativas e paralisadas ONU´s, em que Alemanha e Japão ainda mendigam um lugarzito.
Tanbém na vida privada, conseguiu a estima das Consortes nos três casamentos, apesar das incursões por terra alheia, bem ao sabor setecentista, justificando amplamente a fama de Adónis dos Salões.
Adeversário de sempre do Liberalismo, viria a cair somente por acção desse 1848 de todas as revoluções, após prolongada permanência na governação. No exílio inglês que precedeu os dias finais à beira do Reno do seu berço, prodigalizou ainda conselhos que terão sido proveitosos a dois ávidos bebedores deles, que se transformariam em oleiros da Europa futura: Disraeli e Bismarck. A sua personalidade, porém, foi sempre mais atraente, na medida em que livre da luta pela aceitação do primeiro e da falta de maleabilidade tpicamente Junker do Chanceler de Ferro.
Se nos perguntarmos acerca do falhanço final do seu modelo, apetece excluí-lo, pois durante o seu longo consulado houve de facto paz europeia, coisa que se não pode dizer dos tempos que seguiram. Sinto-me tentado a contestar tal questão, convocando a resposta que um Imperador de outros tempos teria dado aos que acusavam de traição um antepassado do nosso Homem, de nome Metter - «Metter? Nicht!». Diz a lenda que foi esta a origem do nome que ele ilustrou.
11 de Junho é dia em que se lembra a morte de Metternich. Sempre me foi Figura simpática, por ter conseguido tornear as desvantagens de o seu País começar a acumular uma experiência que se tornaria vasta em derrotas militares, para parafrasear o General Stumm, de Musil, alcançando pela habilidade negocial que fosse ainda a Áustria a ditar leis no Continente. E este conde Renano que só servia aquele Imperador por via da decadentíssima embora veneranda instituição do Sacro Império Romano-Germânico mostrou não se interessar senão pela substância, ao recusar-se a soltar um lamento pela extinção daquele complexo de vinculações. Figura Maior do Congresso de Viena, a ele se deve um sistema de segurança colectivo precursor das organizações supra-estaduais criadas no Século XX, pois estabelecia a intervenção efectiva das Potências coligadas, quando foco de agitação despontasse, tendo a sabedoria de integrar nele em paridade considerável a vencida França, ao contrário dos Conselhos de Segurança de vingativas e paralisadas ONU´s, em que Alemanha e Japão ainda mendigam um lugarzito.
Tanbém na vida privada, conseguiu a estima das Consortes nos três casamentos, apesar das incursões por terra alheia, bem ao sabor setecentista, justificando amplamente a fama de Adónis dos Salões.
Adeversário de sempre do Liberalismo, viria a cair somente por acção desse 1848 de todas as revoluções, após prolongada permanência na governação. No exílio inglês que precedeu os dias finais à beira do Reno do seu berço, prodigalizou ainda conselhos que terão sido proveitosos a dois ávidos bebedores deles, que se transformariam em oleiros da Europa futura: Disraeli e Bismarck. A sua personalidade, porém, foi sempre mais atraente, na medida em que livre da luta pela aceitação do primeiro e da falta de maleabilidade tpicamente Junker do Chanceler de Ferro.
Se nos perguntarmos acerca do falhanço final do seu modelo, apetece excluí-lo, pois durante o seu longo consulado houve de facto paz europeia, coisa que se não pode dizer dos tempos que seguiram. Sinto-me tentado a contestar tal questão, convocando a resposta que um Imperador de outros tempos teria dado aos que acusavam de traição um antepassado do nosso Homem, de nome Metter - «Metter? Nicht!». Diz a lenda que foi esta a origem do nome que ele ilustrou.
3 Comments:
At 3:45 PM, Anonymous said…
É só para não poderes dizer que ninguém escreveu uma linha a propósito desta nota...
Um abraço
d'O Internauta Descerebrado.
At 4:46 PM, Anonymous said…
Pois pode continuar dizendo, Paulinho, que o que esse Descerebrado escreve é a despropósito.
Sônia Acerola.
At 6:09 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Internauta Descerebrado:
Estava a ver que aquele que foi o Diplomata do seu Século se afundava num olvido ainda mais penoso do que a impopularidade que o rodeou nos últimos tempos!
Querida Sônia:
Vá não trate mal o Rapaz. Olhe que tanta briga ainda dá em casamento...
Beijinhos e abraços.
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