A Fatalidade da Rota
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Por muito que se determine empreender sozinho uma caminhada, a escolha do trajecto acaba sempre por recair na estrada aberta que vai dar ao encontro de outros, apesar da misantropia programática. Cientes do nosso coxear constante, preferimos a dolorosa travessia de uma linha cheia de curvas e contracurvas ao salto da vedação que fosse capaz de nos atrair para mais alto, mas que estamos impedidos de distinguir, dada a acção das névoas que toldam o apeadeiro último. Ser homem, na mais irredutível humanidade, é nunca dispensar uma bengala, nem que seja a do conforto de um destino previsto. Tudo isto numa bela fotografia de Marco Zamo.
4 Comments:
At 9:04 AM, Flávio Santos said…
Enviei-te um e-mail.
Abraço.
At 9:25 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro FSantos:
Vou já ver.
Outro.
At 11:49 AM, Anonymous said…
Magnífico! E a bengala também...
Cumpts.
At 11:56 AM, Paulo Cunha Porto said…
Obrigado, obrigado. Penso, realmente, que o fotógrafo teve olho.
Abraços.
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