Another Breach In The Wall
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Por que será que tanta reflexão sobre a Liberdade se vê obrigada a pressupor uma libertação? Não podemos pensar, sem as oposições alheias, uma qualquer autonomia, que nunca o é, nem que seja por obrigar a novos vínculos que nos liguem aos que partilhem connosco a evasão aparente da fraqueza a que não mais nos queremos ver sujeitos. Somos incapazes de conceber a nossa capacidade de discriminar e escolher, sem concedermos o que acaba por ser a importância primordial aos obstáculos, vivos ou não, que nos coagem. O que acaba por conduzir de uma prisão a uma servidão, a que emerge de deixarmo-nos seduzir por um qualquer fruto tentador, essa maçã que funciona como a cenoura à frente do burro, como muito bem viu Man Ray, em «O Muro».
Uma concepção de liberdade menos subjugante, como sinónimo da independência de espírito que nada force, nem no sentido de se impor, é o contrário deste mais espalhado entendimento; e imperceptível, por se não encontrar soldada a acidentes exteriores.
3 Comments:
At 9:38 PM, Anonymous said…
Olha! Pois é...
Obrigado!
At 9:51 PM, Paulo Cunha Porto said…
Há que retomar estas verdades elementares, de tão esquecidas ou abafadas que estão, Caro Bic Laranja.
Abraço.
At 7:34 AM, Paulo Cunha Porto said…
Grato pela notícia, visitarei com todo o gosto.
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