A Declaração Equívoca
É-me impossível cessar de pensar na declaração do Presidente Cavaco:
«Deixemos a ministra da Educação actuar com a experiência e as competências que tem para ver se aumenta a qualidade do nosso sistema educativo».
Não consigo decidir-me entre duas hipóteses alternativas: será a frase uma reminiscência do célebre «Deixem-me trabalhar!», ou um perspicaz conselho «Deixem-na espalhar-se ao comprido»? Aquele "se" no meio do dito parece-me saudavelmente assassino...
3 Comments:
At 9:56 PM, desculpeqqc said…
De facto, como um pequeno 'se' pode encerrar tanta análise e acabar por revelar tudo.
At 12:55 AM, Anonymous said…
No futuro, quando se regressar ao estudo dos "ques" n'Os Lusíadas, far-se-á justiça à literatura nossa contemporânea - estudando também os "ses" do Misantropo...
(A propósito de Cavaco, de "Lusíadas" e de qualidade do ensino... quantos Cantos tem o Poema?)
(Mera Culpa)
At 8:42 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro LFM:
é que a a construção da frase não parece inocente. Se fosse uma mera declaração de apoio à Ministra uma estrutura frásica incluindo um "para que", por exemplo, pareceria mais conforme.
Mera Culpa:
Ah, A esta hora já todos sabem essa, como também descobriram a diferença entre os dois Tomás.
Este "se" é todo do Presidente. À cautela até o publiquei em laranja...
Abraços a Ambos.
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