Exercício Ocioso
Isto de comentar sondagens é coisa que se não recomenda ao pior
inimigo. E então para a presidência de uma bananal forma de
Estado é agravante de peso. Mas estamos em Período de Férias,
há escassez de notícias, temos de nos abster de tratar questões
que façam os Leitores infelizes, logo... deitemos um olhar aos
resultados do inquérito do «CORREIO DA MANHû de hoje.
Desde o início, revolta-me o título, que diz valer o Prof. Cavaco
«cinco vezes» o seu adversário no derradeiro debate televisivo.
Eu sei que é eleitoralmente, mas o título não o diz. E como me
recuso a avaliar as pessoas numericamente, tenho de esclarecer,
eu, um não-votante, considerar, como única ilustração, que, sob
o ponto de vista da qualidade, a supremacia vai até onde os
melhores olhos abarquem.
Os detalhes parecem dar razão ao que o Sandokan defendeu
aqui, há um par de dias, ou seja, que, para os espectadores
de fora do domínio da análise política profissional, o Professor
de Finanças teria ganho, também, no próprio debate. Quem
sou eu para contestar estudos científicos? Mas suspeito que
a agressividade oca do opositor terá despertado nas pessoas
de bem uma tal rejeição, que não conseguem separar as duas
convicções: a do triunfo na conversa da do desejo e percepção
da vitória nas urnas. Se assim for, a assunção do estatuto de
vítima pelo Favorito terá ido ainda além do que eu havia
admitido. E é o virar do feitiço contra o feiticeiro, se retivermos
a imagem do bofetão da Matinha Grande...
inimigo. E então para a presidência de uma bananal forma de
Estado é agravante de peso. Mas estamos em Período de Férias,
há escassez de notícias, temos de nos abster de tratar questões
que façam os Leitores infelizes, logo... deitemos um olhar aos
resultados do inquérito do «CORREIO DA MANHû de hoje.
Desde o início, revolta-me o título, que diz valer o Prof. Cavaco
«cinco vezes» o seu adversário no derradeiro debate televisivo.
Eu sei que é eleitoralmente, mas o título não o diz. E como me
recuso a avaliar as pessoas numericamente, tenho de esclarecer,
eu, um não-votante, considerar, como única ilustração, que, sob
o ponto de vista da qualidade, a supremacia vai até onde os
melhores olhos abarquem.
Os detalhes parecem dar razão ao que o Sandokan defendeu
aqui, há um par de dias, ou seja, que, para os espectadores
de fora do domínio da análise política profissional, o Professor
de Finanças teria ganho, também, no próprio debate. Quem
sou eu para contestar estudos científicos? Mas suspeito que
a agressividade oca do opositor terá despertado nas pessoas
de bem uma tal rejeição, que não conseguem separar as duas
convicções: a do triunfo na conversa da do desejo e percepção
da vitória nas urnas. Se assim for, a assunção do estatuto de
vítima pelo Favorito terá ido ainda além do que eu havia
admitido. E é o virar do feitiço contra o feiticeiro, se retivermos
a imagem do bofetão da Matinha Grande...
2 Comments:
At 1:58 PM, Sandokan said…
O primeiro impacto é o mais forte, penso eu! Se formos ver, aquele que critica aqueles que chamam de D. Sebastião ao Catedrático de Boliqueime e ao mesmo tempo não se importa que lhe chamem "Pai da Pátria" ou "Pai da Democracia Portuguesa", desta vez não explorou tanto a vitimização face ao recente encontrão com o ex-combatente, antes pelo contrário, atacou-o sugerindo que ele tinha problemas mentais... Porque pouca gente acredita que a história se repete.
Parecem posturas estratégicas diferentes, mas no essencial não são: a ideia é que o que interessa é parecer o que não se é! Em novo, vitimizava-se; enquanto octagenário, faz um esforço para parecer forte e vigoroso como nunca...
Um abraço!
At 7:12 PM, Paulo Cunha Porto said…
É, mas as variações sobre um tema precisam de ser geniais para pegar. O que não é o caso. Para o pacífico português medio, seja lá isso o que for, parece já entranhada a ideia de que o lugar é cavacal e que a lapidação ordinária dele, via TV, é usurpação. Desconfio é das motivações. Em muitos não irão além de esperar que outro ocupante viaje menos...
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