Banalizar o Vínculo
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Já em casa não posso deixar de me insurgir contra a triste opção de emitir uma farsa que poria "pais falsos" a tomar conta de filhos, para gáudio de quem vê e se possa entreter com as asneiras que os pares inexperientes que concorrem venham a fazer. A despromoção do que de mais sublime pode haver, o nexo que une Pais e Filhos, para além de todas as contraindicações que os especialistas oportunamente lembram para o própro desenvolvimento dos bebés, que não foram consultados quanto à sua participação, parece um paroxismo da indústria de entretenimento paralelo à coqueluche de há uns anos - o Tamagochi, lembram-se? Que também era susceptível de morrer, mas virtualmente, apenas.
Já em casa não posso deixar de me insurgir contra a triste opção de emitir uma farsa que poria "pais falsos" a tomar conta de filhos, para gáudio de quem vê e se possa entreter com as asneiras que os pares inexperientes que concorrem venham a fazer. A despromoção do que de mais sublime pode haver, o nexo que une Pais e Filhos, para além de todas as contraindicações que os especialistas oportunamente lembram para o própro desenvolvimento dos bebés, que não foram consultados quanto à sua participação, parece um paroxismo da indústria de entretenimento paralelo à coqueluche de há uns anos - o Tamagochi, lembram-se? Que também era susceptível de morrer, mas virtualmente, apenas.
5 Comments:
At 9:04 PM, zazie said…
Ser conservador é escrever este post!
Nisto entendomo-nos. Já li para aí projecto de engenharias socais que são de arrepiar. Uma variante defende a ideia de a lei passar a obrigar a mulher grávida a ter o filho, tendo como argumento o direito do pai. Assim, passava a haver testes de ADN (em seres minúsculos) para a atribuição de paternidade e depois o Estado encarregava-se do direito de adopção. Se não fosse pelo progenitor natural, havia de ser por candidato.
Como se não nos bastasse já a utopia da boa planificação por aborto estatal, tínhamos agora a utopia à Novo Mundo, das incubadoras à força.
Isto tudo pelo mesmo motivo: só sabem pensar em direitos e "justiças" decretadas por papel.
Temem os interditos morais e os castigos de consciência; a continuação da existência do pecado; as diferenças e a lei natural.
At 9:27 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Zazie:
Claro que há um sistema de presunções de paternidade que excluiria, aplicando-se, a maioria esmagadora das hipóteses de necessidade de apuramento dela. Mas neste caso que me chocou foi o exibicionismo perigoso somado ao aluguer de bebés para espectáculo, algo que diminui a grandeza da geração e dos cuidados e o reduz à invenção humana com sinistro paralelo na imaterialidade de um jogo num aparelhómetro. E nesse sentido, sim entendemo-nos, ao querer dar a César o que é de César, ao passatempo o que lhe cabe. Mas não mais.
Beijinho.
At 10:16 PM, Anonymous said…
Cara Zazie, cá para os meus lados, sentencia-se, muito prosaicamente, que quem nasce no curral é filho do bode... E nem se conhece essa complicação do ADN!
At 11:30 PM, zazie said…
Eu sei que não mais. E nem tenho pachorra para esse debate.
É tema que agita demasiados fantasmas acerca do sexo feminino.
Prefiro-o tratado nos postes das beldades. Esses exprimem a pulsão mais verdadeira de um homem.
Mas estou com o anonymous: também não sei para que se inventam tantos intervencionismos.
Beijocas
At 11:55 AM, Paulo Cunha Porto said…
Bom, descansemos no consenso, mesmo concedendo que cada caso é um caso.
Beijinho e abraço.
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