Precursores das Passas
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Consta que as primeiras celebrações do ano novo vinham da Babilónia, em que se pedia ao Deus Marduk boas colheitas para igual período a iniciar-se. No fim de contas nada muito diferente do que fazemos hoje, com os votos de prosperidades a incidirem sobre a conta bancária apenas como consequência da tercearização da Sociedade, tão ajudada pela União Europeia.
Nem sempre foi de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro que se comemorou a passagem e a renovada esperança. Foi Júlio César que colocou o primeiro dia do novo ano onde o conhecemos, sendo certo que com um período anual de 445 dias, o que não alimentava suficientemente a sede de festa das gentes.
Reveillon, aliás, era de natalícia extracção: tinha sido revitalizador nome que se dava ao repasto gordo que em muitas terras de França se seguia à Missa do Galo, antecedida de um manjar mais magricela. Tudo para compensar as horas de sono perdidas. Como Franceses e Italianos celebraram, durante medievos séculos, a mudança do ano no Domingo de Páscoa e no Natal, respectivamente, quando se laicizou a data fez-se acompanhar a transformação da comezaina correspondente, para não se perder tudo. É o processo de materialização que ainda atravessamos.
Um indício de espiritualização vinha do Mundo Celta, onde, na passagem convencionada de um ano ao outro, os druídas davam às Mulheres o visco, não apenas para que lhes não faltasse o alimento de agrícola origem, mas para que elas próprias fossem fecundas. Como se vê, faltam uns Panoramix(es) cá pelas nossas bandas. Daí nasceu também o hábito de pendurar uma grinalda na porta de entrada do lar, para afugentar a má sorte, substituída, ao modo Cristão, pelo Azevinho, graças à sensação de imortalidade que imprimem as suas folhas sempre verdes, coligadas com a semelhança das suas partes mais aguçadas com os Espinhos da Coroa de Jesus.
Um pormenor me deixa perplexo: por que razão se celebraria a transição em Inglaterra a 25 de Março, no Dia das Senhoras? Ao jeito de epigrama por considerar o Feminino incapaz de permanecer uno por muito tempo, ou como homenagem à Sua capacidade de renovação sucessiva?
Boa Ceia, divirtam-se a valer!
Consta que as primeiras celebrações do ano novo vinham da Babilónia, em que se pedia ao Deus Marduk boas colheitas para igual período a iniciar-se. No fim de contas nada muito diferente do que fazemos hoje, com os votos de prosperidades a incidirem sobre a conta bancária apenas como consequência da tercearização da Sociedade, tão ajudada pela União Europeia.
Nem sempre foi de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro que se comemorou a passagem e a renovada esperança. Foi Júlio César que colocou o primeiro dia do novo ano onde o conhecemos, sendo certo que com um período anual de 445 dias, o que não alimentava suficientemente a sede de festa das gentes.
Reveillon, aliás, era de natalícia extracção: tinha sido revitalizador nome que se dava ao repasto gordo que em muitas terras de França se seguia à Missa do Galo, antecedida de um manjar mais magricela. Tudo para compensar as horas de sono perdidas. Como Franceses e Italianos celebraram, durante medievos séculos, a mudança do ano no Domingo de Páscoa e no Natal, respectivamente, quando se laicizou a data fez-se acompanhar a transformação da comezaina correspondente, para não se perder tudo. É o processo de materialização que ainda atravessamos.
Um indício de espiritualização vinha do Mundo Celta, onde, na passagem convencionada de um ano ao outro, os druídas davam às Mulheres o visco, não apenas para que lhes não faltasse o alimento de agrícola origem, mas para que elas próprias fossem fecundas. Como se vê, faltam uns Panoramix(es) cá pelas nossas bandas. Daí nasceu também o hábito de pendurar uma grinalda na porta de entrada do lar, para afugentar a má sorte, substituída, ao modo Cristão, pelo Azevinho, graças à sensação de imortalidade que imprimem as suas folhas sempre verdes, coligadas com a semelhança das suas partes mais aguçadas com os Espinhos da Coroa de Jesus.
Um pormenor me deixa perplexo: por que razão se celebraria a transição em Inglaterra a 25 de Março, no Dia das Senhoras? Ao jeito de epigrama por considerar o Feminino incapaz de permanecer uno por muito tempo, ou como homenagem à Sua capacidade de renovação sucessiva?
Boa Ceia, divirtam-se a valer!
4 Comments:
At 12:56 PM, Anonymous said…
Querido Paulo
A eterna dúvida sobre o Feminino!
Bom Ano Paulo
Que seja mesmo NOVO!
Beijinho
PS: conseguimos salvar o azevinho que já esteve em vias de extinção!
O nosso azevinho, que cientistas de outros lados do mundo vêm estudar.
At 1:13 PM, Paulo Cunha Porto said…
É uma excelente notícia, quer para a tradição, quer para a Natureza, nada inconciliáveis, como se vê, Querida marta.
Beijinho e bom ano.
At 4:07 PM, Anonymous said…
estas histórias são deliciosas.
e o eterno feminino também.
um bom NOVO ano!
(já encomendei o livro sugerido)
At 3:26 PM, Paulo Cunha Porto said…
Linda Menina. E quanto ao ET, não o alien, mas o próximo de nós, não há d´vida. até pela biografia, o Goethe sabia-a toda...
Beijinho.
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