Tempo de Castanha

.

Foi o que Madame Royal deu nos adversários socialistas, ao arrumá-los, com mais de sessenta por cento dos votos entre os militantes socialistas. A concorrência que teve era intragável, dois oportunistas politica e, quem sabe legalmente, pouco limpos, DSK e Fabius, uma espécie de João Soares lá da terra que se recusou a felicitá-la pessoalmente, encarnando interesses privados um, saltando de subfamílias partidárias o outro, ambos com passados suspeitos em matéria de dinheiros públicos. E sem fumos de desonestidade, o nulo político que é Jospin, obrigado contra a sua vontade a desistir a tempo. Devo dizer que dos presidenciáveis socialistas, o único além dela que não me inspirava desconfianças profundas era justamente o Secretário Nacional do partido e seu companheiro na vida civil, François Hollande. Que demonstrou, se não grandeza, ao menos amor, ao desistir e apoiá-la.

Outra eleição, mais discreta, envolveu também uma Mulher, aliás recentemente vitoriosa, mas agora averbando um inêxito. Nancy Pelosi, muito esquerdista representante Democrata de San Francisco, eleita Speaker da Câmara, apoiou para seu teórico nº2, mas, na prática, detentor das rédeas do Poder o conservador John Murtha contra o centrista Steny Hoyer, um homem inteligente mas tão ambicioso que, para já, se supõe aspirar ao lugar dela. Foi este último eleito Leader da Maioria do próximo congresso, o que, a prazo, prenuncia divisões.
São as alegrias das lutas políticas. A novidade é que na castanha distribuída entraram, com sortes diferentes, duas Senhoras, em vista a cargos até agora por Elas não ocupados. Mas é coerente, afinal há muito do Elemento Feminino a vendê-las por aí fora...