História à Americana
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Prometido é devido. Cá venho falar de «MARIE ANTONIETTE». Há muito tempo que não desejava tanto que um filme chegasse ao final, apesar de o saber infeliz. E não foi porque estivesse muito absorvido pela acção. Já calculava que tivesse de ir procurar a História a outro lado, mas esperava um bocadinho mais, sob o ponto de vista cinematográfico. Dunst tem as expressões adequadas a quem passassse por peripécias paralelas, desde que se tratasse de uma rapariga de New Jersey, não uma Arquiduquesa da Áustria, mais tarde Delfina e Rainha de França! O estratagema de ir colocando secamente a sucessão dos episódios mais conhecidos em tosco pela generalidade das Pessoas, acompanhados de fundos musicais da ultra-contemporaneidade parece ser o maior salto criatvo da realizadora!
E depois, aquela ideia que passa de que a Corte Imperial de Viena seria menos formal do que a Francesa... a completa inexistência de uma única réplica memorável... aquele Rousseau metido à pressão numa leitura de jardim, sem explicar como alterou as mentalidades, a da vida sentimental da protagonista incluída... a nulidade de densidade dramática nas cenas que mais se prestariam, mesmo na menos desaproveitada sob esse ponto de vista, a das palmas desacompanhadas no Teatro... a caricatura em massa, com a Du Barry e Luís XVI à cabeça... A abstractização da multidão sanguinária, sempre mais ouvida do que vista...
Bem me tinham avisado o Je Maintiendrai e o Eurico!
Prometido é devido. Cá venho falar de «MARIE ANTONIETTE». Há muito tempo que não desejava tanto que um filme chegasse ao final, apesar de o saber infeliz. E não foi porque estivesse muito absorvido pela acção. Já calculava que tivesse de ir procurar a História a outro lado, mas esperava um bocadinho mais, sob o ponto de vista cinematográfico. Dunst tem as expressões adequadas a quem passassse por peripécias paralelas, desde que se tratasse de uma rapariga de New Jersey, não uma Arquiduquesa da Áustria, mais tarde Delfina e Rainha de França! O estratagema de ir colocando secamente a sucessão dos episódios mais conhecidos em tosco pela generalidade das Pessoas, acompanhados de fundos musicais da ultra-contemporaneidade parece ser o maior salto criatvo da realizadora!
E depois, aquela ideia que passa de que a Corte Imperial de Viena seria menos formal do que a Francesa... a completa inexistência de uma única réplica memorável... aquele Rousseau metido à pressão numa leitura de jardim, sem explicar como alterou as mentalidades, a da vida sentimental da protagonista incluída... a nulidade de densidade dramática nas cenas que mais se prestariam, mesmo na menos desaproveitada sob esse ponto de vista, a das palmas desacompanhadas no Teatro... a caricatura em massa, com a Du Barry e Luís XVI à cabeça... A abstractização da multidão sanguinária, sempre mais ouvida do que vista...
Bem me tinham avisado o Je Maintiendrai e o Eurico!
13 Comments:
At 10:12 PM, Jansenista said…
Até Rousseau aparece? É desta que eu dou um estoiro de frustração de não ter visto o filme!
At 10:25 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Jansenista:
Apenas uma leitura apressada de um trecho dele, metido sem desenvolvimentos de maior. Uma desgraça! O da bondade da Natureza, já se vê.
Abraço.
At 12:15 AM, Anonymous said…
I told you so... ;-)
At 1:52 AM, Capitão-Mor said…
Ainda ontem vi em DVD, "O enigma do colar" onde também figura essa rainha controversa. Uma personalidade ímpar...
At 2:46 AM, Anonymous said…
Depois do documentário de Al Gore, nada pode ser mais propenso ao bocejo. Tenho de ir ao cinema comprovar a minha conjectura (a ver se não me esqueço da almofada).
abraço, et vive les frères Lumière
At 2:57 AM, Anonymous said…
Ainda não vi...e pelo que dizem...
At 9:26 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Eurico:
E não há dúvida de que Quem me avisou meu Amigo foi.
Meu Caro Capitão-Mor:
Essa é outra - talvez o acontecimento que, sem qualquer culpa da pobre Soberana, vítima de uma quadrilha que fez uma sósia passar-se por ela, mais afastou a Rainha do Povo, nem é referido.
Meu Caro Simão:
Cpm este filme consegue adormecer até em cima de uns cardos!
Meu Caro Luís.
Aplica o Teu precioso tempo noutra, que esta não Te merece.
Abraços a Todos.
At 11:32 AM, MySelf said…
Ora aqui está: eu quase que tinha a certeza que irias ter a mesma opinião que eu! E eu que tinha gostado tantos dos outros dois filmes da Sophia Coppola...
At 11:36 AM, Paulo Cunha Porto said…
Pois é, Querida Luz Acesa, mas neste a facilidade foi demasiada. E olha que estou a falar sob o ponto de fista cinéfilo, não do do curioso da História.
Enfim, uma barretada que ambos enfiámos.
Beijinho.
At 2:21 PM, Anonymous said…
já não vou. confio em todos os vossos comentários! ;)
At 7:13 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Teresa:
Livraste-Te de boa, não dará para a jantarada do E-Milhões, mas considero que podes bem oferecer uma bica, hihihihihi.
Beijinho.
At 9:33 PM, Anonymous said…
combinado, ofereço-te um caneco no domingo, lá na taberna, ;)
At 11:44 AM, Paulo Cunha Porto said…
Está combinado o encontro lá. Mas aí pese embora a obrigatoriedade do consumo, as bebidas correm por conta da casa, Querida Teresa.
Beijinho.
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