O Grande Escândalo
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Os Republicanos precisavam de um como de pão para a boca. Depois de uma sucessão de revelações de desconformidades financeiras e sexuais de vários congressistas seus, que terão colocado as maiorias nas câmaras muito mais em risco do que a política de Bush, apareceu agora, finalmente, um bruáááá imenso em volta de um Democrata de tomo, logo aquele de que tentaram fazer Presidente há dois anos. O Senador John Kerry, em campanha por outros na Califórnia, mas a pensar na reedição da sua última, em 2008, soltou uma graçola perante estudantes, dizendo que era melhor aplicarem-se, ou não lhes restaria senão ir combater para o Iraque. Nos EUA observações desprimorosas para com os militares são sacrilégio. A Casa Branca e o GOP em geral atiraram-se a este presente vindo dos Céus, mas não só eles. O Congressista Rahm Emanuel, Democrata do Illinois, com responsabilidades na direcção da campanha, já veio dizer que o mesmo Kerry que tinha rebentado com a candidatura presidencial estava agora a ameaçar fazer o mesmo às dos membros do seu partido ao Congresso. E a candidata dos "burros" no Minnesota cancelou à pressa a aparição conjunta com o legislador do Massachusetts.
Mas chegará isto? Mistério! Creio que sem dúvida beneficiará a actual maioria em estados com fortes populações militares, como Geórgia, Florida e as Carolinas. Mas noutros em que poderia desempenhar o seu papel, não penso que tenha penetração: na Pennsylvania, onde Bush sempre gerou anticorpos poderosos, no Ohio, a contas com várias rejeições motivadas por corrupção de políticos do Estado, no Colorado, com alguns titulares dos cargos não se recandidatando a eles.
Desenvolvimentos a seguir, já na próxima semana. Mas uma coisa é certa, John Kerry implodiu as suas possibilidades de vir a ser Presidente. Não se terá perdido grande coisa, já que desconfio de que só o próprio nelas acreditava...
2 Comments:
At 3:01 PM, Anonymous said…
Qurido Paulo
Mas espero que ganhe um democrata.
Não sou simpatizante da plítica de Bush.
Beijinho.
At 3:13 PM, Paulo Cunha Porto said…
Mas esse não disputa as eleições de dia 7, Querida MFBA. Ainda o vai ter de aturar mais dois anos, embora possa sossegar depois, que lá o Presidente só pode fazer dois mandatos em toda a vida, não é como no nosso País, em que apenas são vedados dois mandatos seguidos.
E apesar de não ser indiferente ter a maioria ou não, como cada eleito tem, nos EUA, a sua agenda, a Administração negoceia com cada qual o apoio a cada medida, tanto como as direcções parlamentares.
Quanto ao próximo Presidente ainda não se sabe ao certo quais os candidatos. Mas é curioso, nos que se perfilam, que, tirando o Senador Feingold, o qual não é dado como favorito, seja um Republicano, John McCain, o maior opositor à política bushista...
Beijinho.
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