O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Monday, October 16, 2006

Ai Flor de Verde Pinho

O Engenheiro de São Bento parece incomodado com «o sinal de esperança» que, confessadamente, o Ministro da Economia, Pinho, quis transmitir, dando por finda a crise do sector pr si tutelado. Atribuem os jornalistas esse desagrado à dificuldade que o governo agora terá em pedir sacrifícios nas negociações com os sindicatos, pois sem situações problemáticas estes quererão, com mais força, a abertura de torneiras. Mas é muito mais do que isso: o Sócrates a que temos direito constrói, desde o início, a sua imagem como o homem que pegou no País mesmo com dificuldades. Se for generalizada a ideia de que estas acabaram, extingue-se também a mais-valia que tenta passar e, num mar de facilidades, os eleitores poderão procurar alternativas mais simpáticas. Que, no momento, não se vê quais sejam, mas certamente aparecerão.
O Responsável pela área económica mostrou-se, efectivamente, muito verde. Não no tocante às perspectivas de Futuro, ao contrário do que imaginava...

6 Comments:

  • At 1:20 PM, Anonymous Anonymous said…

    Bem, meu Caro Amigo Misantropo, parece que há problemas no Gabinete de Gestão da Mentira do desgoverno Socrático. Realmente, tem razão: a farsa assim é mais difícil de manter.

    Mas só um pormenor: parece mesmo que a pinocrática personagem não é engenheiro coisa alguma, mas apenas funcionário da CM da Covilhã. Alguém do partido ofereceu-lhe um curso/canudo em «engenharia social» de uma certa «fundação» que fez correr muita tinta e inscreveu o sujeito na Ordem dos Engenheiros...

    Se estiver enganado, corrija-me, meu Caro. Mas, nesta sociedade virtual, tudo é possível, e a informação foi-me veiculada como credível.

    Um grande abraço.

     
  • At 2:18 PM, Blogger Zé Maria said…

    Meu caro Paulo:
    De facto, há "coisas" - verdade, ou não, porventura - que não se "devem" dizer. Sobretudo "em certos momentos" da vida.
    É, infelizmente, isto que parece ser a nossa sina nos dias que correm.
    Mas, felizmente, ainda vão sobrevivendo "vozes" audazes - e corejosas - que vão teimando em "correr contra a maré".
    O Misantropo está nestes últimos, estou certo.
    E isso é que é o importante.
    Aquele abraço

     
  • At 4:30 PM, Anonymous Anonymous said…

    O ministro Pinho deve ter faltado ao briefing diário de propaganda.

     
  • At 7:20 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro Carlos Portugal:
    Confesso que não tenho qualquer ideia de que tipo de engenharia estará por detrás do curriculum primoministerial, hihihihi.
    Sendo certo o Seu informe espero que Se candidate já a Bastonário, para fazer essa Desordem ser merecedora do nome...

    Meu Caro Zé Maria:
    Faz-se o que se pode, mas é pena que a crítica seja solicitada para questões tão triviais, em vez do debate de fundo sobre programas políticos. Agora, claro que este só é possível quando o comportamento dos políticos não levanta reparos...

    Meu Caro Zé:
    É bem possível.Terá tentado ser a voz do dono com uma subtileza mais paquidérmica do que o mesmo. E vai pagá-la, não tenha dúvida.

    Meu Caro Visconde:
    era previsível que com o moderado arranque das economias europeias e tendo a nossa chegado bem fundinho, houvesse algum efeito de arrastamento para a superfície. E chegou um pouco tarde. Mas se cantam vitória já, adeus.
    Abraços a todos.

     
  • At 12:53 AM, Anonymous Anonymous said…

    Olhai à roda e vede a realidade... Logicamente que falando de economia o que se diz é o que existe; gritai OPA! e tereis um eldorado sem haverdes produzido um alfinete sequer. Não é de estranhar portanto que as crises e o fim delas sejam quando o homem quiser. Basta afirmar. A crise do sr. ministro Pinho é, pois, de afirmação. A verdadeira crise é ouvirmos demasiadas trovas e acharmos mui pouco engenho.
    Ai Deus, e u é?

     
  • At 8:50 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro Bic Laranja, considerando os comentários geniais pelo Meu Amigo produzidos, este bate todos. Obrigadíssimo por desmascarar esta prioridade abastardada do nome sobre a substância. É o verbo humano, bem longe do Verbo Divino.
    Abraço.

     

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