Novas da Atrofia
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Leitura de um excelente livro de Paul Guth, sobre o conflito de gerações. Embora o Autor parta de uma perspectiva nostálgica dos seus bons tempos, que me é menos simpática do que a de Jacques Laurent, por exemplo, em que ultrapassava os estudantes pela intensidade da contestação e lhes mostrava como eles eram conservadores também, mas na mediocridade, há partes da obra que são muito engraçadas e que fazem pensar.
Assim, a consideração da grande divisória francesa dos anos 1970´s, entre os que falavam a langue d´Oui e os mais novos, que optavam pela d´Ouais, em vez da antiga cesura entre langue d´Oil e langue d´Oc. Como a dos amores juvenis, em que lamenta o desaparecimento das Iniciadoras, Mulheres ainda jovens mas mais experientes, que evitassem o embaraço e o desgosto a que os jovens estão hoje condenados, de terem os seus começos amorosos com as colegas, tão pouco treinadas e tão desajeitadas como eles, ou seja, à insatisfação. Mas tudo, desde a Educação Sexual virada para o ensino de «como desfazer o amor e não para como o fazer», o autismo juvenil, pela diminuição das referências que lhes dariam meios de expressar-se, os hábitos de polidez, a ortografia, a filohomossexualidade para consumo alheio, o vestuário, o comprimento dos cabelos, passa por aqui.
Tem, aliás, em comum comigo um ponto: a hostilidade a uma prática contra a qual nada tenho, mas que sempre fui incapaz de adoptar, contrariamente a muitos dos meus Amigos. A leitura com música de fundo. Onde eles encontram aumento da concentração, sempre deparei com a distracção, ficando as duas actividades mal feitas e os respectivos proveitos estragados.
Enfim, uma confirmação de que actuar segundo um grupo só traz prejuízos. E por grupos geracionais, mais ainda do que pelos outros. São a barreira mais eficaz ao acto de pensar.
Leitura de um excelente livro de Paul Guth, sobre o conflito de gerações. Embora o Autor parta de uma perspectiva nostálgica dos seus bons tempos, que me é menos simpática do que a de Jacques Laurent, por exemplo, em que ultrapassava os estudantes pela intensidade da contestação e lhes mostrava como eles eram conservadores também, mas na mediocridade, há partes da obra que são muito engraçadas e que fazem pensar.
Assim, a consideração da grande divisória francesa dos anos 1970´s, entre os que falavam a langue d´Oui e os mais novos, que optavam pela d´Ouais, em vez da antiga cesura entre langue d´Oil e langue d´Oc. Como a dos amores juvenis, em que lamenta o desaparecimento das Iniciadoras, Mulheres ainda jovens mas mais experientes, que evitassem o embaraço e o desgosto a que os jovens estão hoje condenados, de terem os seus começos amorosos com as colegas, tão pouco treinadas e tão desajeitadas como eles, ou seja, à insatisfação. Mas tudo, desde a Educação Sexual virada para o ensino de «como desfazer o amor e não para como o fazer», o autismo juvenil, pela diminuição das referências que lhes dariam meios de expressar-se, os hábitos de polidez, a ortografia, a filohomossexualidade para consumo alheio, o vestuário, o comprimento dos cabelos, passa por aqui.
Tem, aliás, em comum comigo um ponto: a hostilidade a uma prática contra a qual nada tenho, mas que sempre fui incapaz de adoptar, contrariamente a muitos dos meus Amigos. A leitura com música de fundo. Onde eles encontram aumento da concentração, sempre deparei com a distracção, ficando as duas actividades mal feitas e os respectivos proveitos estragados.
Enfim, uma confirmação de que actuar segundo um grupo só traz prejuízos. E por grupos geracionais, mais ainda do que pelos outros. São a barreira mais eficaz ao acto de pensar.
3 Comments:
At 11:39 PM, Anonymous said…
Li com gosto a recensão e vejo que estamos de acordo relativamente aos dois últimos parágrafos. Cumpts.
At 12:13 AM, Anonymous said…
Tem razão em quase tudo. Mas,
também havia Iniciadores, para as meninas?
At 8:34 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Bic Laranja:
Muito obrigado pela concordância manifestada. Há que chamar, continuamente, a atenção para os perigos que atacam o raciocínio individual, no fim de contas a capacidade de cada um ser algo mais do que um elemento da manada. E quanto à Música, ela não é digna de TODA a nossa atenção?
Querida Beatriz:
Bem-Vinda. Julgo que no tempo das "Iniciadoras" a questão se diluía, porque as Mulheres, casando em idade muito mais precoce do que os Homens, encontravam aí a vazão correspondente. E porque, apesar das mil e uma teses e não menor número de manuais publicados em revistas femininas, a incompetência erótica de um homem me parece muito mais patente, porque ostensiva e sem a natural habilidade para a carícia, do que a de uma Mulher...
Beijinhos e Abraço.
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