O Planeta dos Macacos
Poderão os Leitores desaprovar que um misantropo qualquer chame macacos a cientistas eminentes. Mas tudo tem uma razão de ser. Considerando-se a imitação uma característica primordial dos símios, sou obrigado a reconhecer que um conclave de reputados astrónomos seguiu à risca as soluções implementadas pelos governos socialistas portugueses. Estes, perante um número elevado de imigrantes ilegais e uma cifra não mais animadora de criminosos por via do consumo de droga, alteraram os prazos estabelecidos na lei para regularização, num caso; e descriminalizaram a conduta, noutro. Ou seja, "mudaram" as situações preocupantes, sem se darem ao trabalho de modificar a realidade subjacente. Da mesma forma, os sábios das coisas do Espaço viviam o drama de Plutão não preencher todos os requisitos de um planeta digno do nome. Vai daí, resolveram alterar a definição, aumentando o número dos que estão presentes no nosso Sistema Solar, para 12. Por coincidência, sem dúvida significativa, dos citados, os três que já têm nome estão relacionados, mitologicamente, com o Inferno: Plutão, Caronte e, seja pelo rapto da filha, seja como protectora do Casamento, Ceres. Quanto ao que ainda não foi baptizado, quem negará que 2003UB313 é uma designação infernal?
Mas há uma grande diferença, quando confrontados estes astros com a governação rosa de Portugal: como se pode ler, o que dominou a nova classificação de dois deles foi a situação da gravidade. Por cá, o que sobressai é a gravidade da situação.
6 Comments:
At 6:38 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Espadachim:
Querem fazer dos Planetas duplos dos Homens, pondo, sem culpa, muitos a viver à sombra.
Abraço.
At 12:26 AM, Anonymous said…
Nem mais, Caríssimo Misantropo. Mas, àparte a situação doméstica - inenarravelmente rosa - a gravidade do «conclave» de astrónomos para, no fundo, «ilegalizarem» Plutão como planeta, é reveladora de uma séria degeneração da Ciência, para não dizer abastardamento: de facto, tal «conclusão» foi obtida por consenso, de acordo com parâmetros que muito pouco têm de científico por serem arbitrários (a partir de que força gravitacional é que um «planetóide» se pode considerar um «planeta»?). E os consensos são do foro político, nunca do científico.
Estes «sábios» politizados por uma «democracia» virtual, feita de chavões, consensos e ideias pré-concebidas, ainda vão virtualizar a dita Ciência, e transformá-la numa coisa perfeitamente aleatória e demente, bem ao gosto dos desgovernantes socráticos que nos têm atormentado.
Se forem como estes, ainda são capazes de voltarem a afirmar que o Sol afinal gira em torno da Terra, e imporem dogmaticamente por decreto esta «verdade universal». E mandarem para a fogueira do opróbio «democrático» mais uns tantos Galileus. Se estes não se retratarem, claro.
Um abraço.
At 8:42 AM, Paulo Cunha Porto said…
Não sendo especialista do ramo, muito Caro Carlos Portugal, era precisamente a fraude inerente a semelhante tramóia que farejava. À ciência é própria a refutação de cada nova descoberta, dispensa bem as redefinições consensuais de gabinete. Ou fica, num sentido diferente do político, uma ciência cor-de-rosa...
Abraço.
At 10:49 PM, Anonymous said…
Afinal há uma lógica interna no Universo. Logo, deve haver quotas para planetas na concertação terestelar. Cumpts.
At 10:51 PM, Anonymous said…
Interestelar, digo.
At 9:08 AM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihihi, Caro Bic.
Só faltava esse arranjinho para somar a tão triste arranjo...
Ab.
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