Execução em Efígie
Chegam de Espanha boas e más notícias, a propósito de uma ordem, dada pelo Ministro da Defesa José António Alonso, de retirar uma Estátua de Franco da Academia Militar de Saragoça, da qual fora o primeiro director.
As más notícias são:
1- A confirmação de que há um governo em Madrid que está mais empenhado em deitar abaixo monumentos do que em proporcionar melhor vida aos Espanhóis.
2- Verificar-se que um Ministro da Defesa insiste em politizar uma homenagem que era do puro âmbito militar e pedagógico, eliminando uma referência que, naquele contexto, respeitava apenas ao meio castrense, perante a repulsa manifesta de Altas Patentes que sublinharam a incapacidade do responsável em campos outros que a remoção de pedras, ou bronzes.
3- A existência de um Executivo que faz do ódio o alimento que lhe permita sobreviver.
As boas notícias, em contrapartida, são:
1- Ter a alteração sido determinada quase à socapa, para não levantar ondas, durante o período morto das férias, o que indicia temerem os auxiliares do Sr. Zapatero a reacção da generalidade das Pessoas à medida.
2- Estar vedado ao actual ocupante da Moncloa & C.ª a destruição do Passado, de forma tão fácil como tirar bonecos de pedestais.
3- Constatarmos que os Socialistas Espanhóis, hoje, se entretêm a liquidar estátuas, o que é grande progresso, relativamente ao que fizeram os seus avós, cujo notório passatempo era o assassínio de pessoas inocentes,
Tudo tem um Deve e um Haver. Franco, lá do Céu, deve ter dado uma gargalhada.
14 Comments:
At 10:22 AM, Anonymous said…
Un inteligente análisis de la situación, querido Paulo. Empero la reacción lógica y natural está anulada, para empezar, por la oposición oficial, el PP, que está más interesado en mantener sus prebendas con el sistema y en el sistema que en representar la base sociológica que lo sustenta electoralmente.
Hemos vuelto en España a los tiempos terribles de la II Restauración del siglo XIX. En rigor, como acostumbraba a afirmar Gonzalo Fernández de la Mora, vivimos en la III Restauración.
Que Dios nos coja confesados a los españoles, porque fue necesario un 1936 para conjurar todo aquel régimen de mentira, de odio, de mediocridad, de corrupción y de odio histórico que fue la II Restauración.
En el haber tenemos ahora la destrucción de nuestra propia historia (mientras se siguen dando loas por los me(r)dia aúlicos del sistema a Carrillo -el asesino de Paracuellos, jefe de la Cheka de Madrid y luego líder del Partido Comunista-. En el debe ya nos pesan en un futuro quizás demasiado próximo la sangre de mártires que vuelvan a lavar la infamia de España.
Rafael Castela Santos
At 10:40 AM, Paulo Cunha Porto said…
Caríssimo Rafael:
Tanto quanto chegou cá, com efeito, o conjunto de protestos do PP, de tão débeis, pareceu ter mais volume na utilização que deles fez o PSOE, do que pela iniciativa própria.
E tens carradas de razão quando demonstras que esta ofensiva é um complemento da hagiografia invertida que a Esquerda Espanhola vai fazendo dos seus chefes. É que essa gente sempre foi melhor a destruir a casa dos outros do que a construir, mesmo que fosse a sua própria morada.
Grande abraço.
At 10:50 AM, Anonymous said…
Também acho um gesto inútil. Nunca gostei de mudanças de nome e menos de derrubes de estátuas.
Mas percebo, por exemplo, a retirada do nome de Salazar da ponte do Tejo, pelo contexto em que foi feito; mas ponte 25 de Abril? Não tem nada a ver.
At 10:59 AM, Paulo Cunha Porto said…
Querida MFBA:
A ponte que se fez numa madrugada levou o nosso Portugal para a triste situação do país imaginário das histórias do Tintin, em que a capital mudava sucessivamente de nome de Alcazaropolis para Tapiocopolis e vice-versa.
Quanto ao António, que não queria o nome na ponte, o qual foi imposto por Américo Tomás, quando viu os blocos em que estavam gravadas as letras, terá dito que o deveriam ter afixado num material que fosse mais fácil de tirar, um dia...
Beijinhos.
At 11:32 AM, Anonymous said…
A situação é diferente, porque enquanto o país imaginário de Tintin era situado na América Latina onde se sucedem os goles e contra-golpes, em Portugal tivemos um golpe que alinhou o País com a situação política do comnjunto civilizacional em que se insere, sem que se tenham repetido novos golpes, e instaurando um regime civil em vez de um militar.
At 11:52 AM, Paulo Cunha Porto said…
Bem me queria parecer, Caro Miguel, que nos faltava qualquer coisa, o que nos põe ainda atrás do famoso estado...
Hihihihihi. Não ligue, a realidade é a mesma, como reconheceu: por cada golpe mudam-se os nomes. Por cá só houve um, é a diferença unica.
abraço.
At 12:19 PM, Anonymous said…
III Restauración pero con diputados amenazados (Don Gustavo de Arístegui) como en la II República......
At 1:02 PM, Anonymous said…
De acuerdo con el comentario de Rafa y con buena parte de tu texto, Pablito.
Pero tanta seguridad en que Franco esté tan pronto en el Cielo me parece excesiva, estimado Amigo, aunque muy grande es la Misericordia del Señor e insondables sus designios...
Tampoco creo que diera ahora alguna carcajada, pues lo más fuerte en Paco no era el sentido del humor.
Pero pese a quién pese, las estatuas de Franco habría que dejarlas en su sítio.
Pero ahora mismo me preocupa más la estatua de Don Marcelino...
La estupidez, el odio y la saña persecutoria de Zepe y sus muchachas & muchachos no conoce límites. Ojalá no termine todo esto en otro 36.
El Guerrero del Antifaz
At 5:01 PM, Anonymous said…
El Caudillo dominaba más bien la ironía galaica, como cuando le dijo a una persona: "Fulano, haga usted como yo, no se meta en política......."
At 5:29 PM, Anonymous said…
"Yo no tengo simpatía por Franco. Pero si no fuese por Franco, España sería hoy una Cuba más peligrosa."
(Jorge Luis Borges)
At 6:58 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Çamorano:
Este ministro é indigno dos nomes próprios que tem.
Meu Caro SA:
Mas tem dúvidas? Um Homem que tanto protegeu a Igreja e perseguiu os Inimigos de Deus Pai, como mandam os Evangelhos? O António sabia-a toda.
Meu Caro Guerrero:
Não concedendo quanto à pretensa falta de humor de Franco, que não vejo em biografia alguma, o caso é tão caricato que desperta a hilariedade do mais imune ao riso. De resto, o Amigo Çamorano dá, abaixo, ilustração do especial humor de FF, tal como a conhecida história das pilhas de papelada na mesa de despacho, que qualificava com o ditado galego «estes são os problemas que o Tempo resolveu, estes os que o Tempo há-de resolver. Quanto à Divina Virtude envolvida, não se trata da Misericórdia, mas da Justiça.
A frase de Borges é um insuspeito reconhecimento da verdade.
Abraços a Todos.
At 5:47 PM, Anonymous said…
Zapatero, cerdo, hijo puta! Sou luso-espanhol, salazarista e franquista com muito orgulho, e desculpem-me o vernáculo, mas estas patifarias súcias deixam-me fora de mim!
At 6:42 PM, Anonymous said…
Zp....hay que ser valiente con los vivos, y dejar a los muertos en paz......
At 9:01 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meus Caros Madrid/Lisboa e Anónimo:
A Vossa Justa Indignação reforça a minha certeza de estar com a razão e da desrazão dos desgovernantes actuais da Pobre Espanha que já foi Grande e Una e está prestes a deixar, igualmente, de ser Libre.
Abraços.
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