Defendamo-nos!
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Na sequência do post anterior, publico «A Ignorância é a Felicidade», de Jim Cherry, que me parece ilustrativa do estado ameaçado mas ignorado em que se encontram aqueles que gostam de beber o seu copito. Notícias recentes dão a conhecer uma nova tentativa da Comissão Europeia, no sentido de unificar as legislações nacionais visando a luta contra o consumo de álcool, o que, na prática, equivale a pressionar os Países do Sul da Europa a que alinhem pelos hábitos escandinavos. Quer esta pressão totalitária expressar-se de duas maneiras: pela taxação que eleve os preços das bebidas que se quer combater; e pela pura e simples proibição da sua venda em certos horários. É preciso precavermo-nos contra o emergente totalitarismo que já nem sequer pode justificar-se com «o mal infligido a Terceiros», uma vez que é difícil conceber a figura do bebedor passivo. As emanações de um bagaço não dão para tanto...
Na sequência do post anterior, publico «A Ignorância é a Felicidade», de Jim Cherry, que me parece ilustrativa do estado ameaçado mas ignorado em que se encontram aqueles que gostam de beber o seu copito. Notícias recentes dão a conhecer uma nova tentativa da Comissão Europeia, no sentido de unificar as legislações nacionais visando a luta contra o consumo de álcool, o que, na prática, equivale a pressionar os Países do Sul da Europa a que alinhem pelos hábitos escandinavos. Quer esta pressão totalitária expressar-se de duas maneiras: pela taxação que eleve os preços das bebidas que se quer combater; e pela pura e simples proibição da sua venda em certos horários. É preciso precavermo-nos contra o emergente totalitarismo que já nem sequer pode justificar-se com «o mal infligido a Terceiros», uma vez que é difícil conceber a figura do bebedor passivo. As emanações de um bagaço não dão para tanto...
14 Comments:
At 11:12 AM, Anonymous said…
Alinhar pelos hábitos escandinavos deve querer dizer passar a consumir bebidas brancas e alcool puro às escondidas...
(Mera Culpa)
At 11:20 AM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihi!
É bem isso, Mera Culpa. Com a agravante de ser uma objectiva de discriminação, se forem para a frente com taxação idêntica, sem salários correspondentes.
Uma rendição incondicional!
At 12:12 PM, Rafael Castela Santos said…
Estos cabrones quieren quitarle hasta el cigarillo y el vino al pobre.
Yo propongo que hagamos una cruzada por el vino y el tabaco (mejor pipa o puro, que el cigarrillo es como la eyaculación precoz del tabaquismo) y que fumemos más, bebamos más y lo hagamos de manera pública y notoria.
Que se jodan esos hideputas norte-europeos y la puta madre que parió a todos los criminales de Bruselas.
At 2:06 PM, Anonymous said…
En la Península Ibérica, los excesos con el alcohol son raros.....
At 3:03 PM, Zé Maria said…
Quer-me cá parecer que estamos a caminhar, cada vez mais, para aquilo que poderíamos chamar uma "sociedade asséptica".
Já agora: hoje tiram-nos o tabaco; amanhã tiram-nos o copito; e depois o que se seguirá?
Aquele abraço
At 4:23 PM, Anonymous said…
Vinhos mais caros? Não há tinto que se preze que não entre no mercado a mais de 20€.
At 6:12 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Rafael:
Isto é o totalitarismo hediondo. Ainda lembro a frase do Saudoso António «beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses». Esta investida é, porém, ainda pior do que parece: a consagração de séculos de interiorização de superioridade moral das sociedades nórdicas sobre o Sul Católico. É como dizes, se não reagimos, não sei onde iremos parar.
Meu Caro Çamorano:
Muito menos que na Escandinávia, como já Mera Culpa salientou. E quando há são casos de marginalidade, enquanto que, por essa Europa fora, o excesso, normalmente assente em bebidas brancas, que não no vinho, assombra grande percentagem das classes médias.
Meu Caro Zé Maria:
é isso mesmo, estragam, pouco a pouco, todo o atractivo da Vida. Qualquer dia transformamo-nos numa sociedade de autómatos, com os prazeres ditados de fora.
Querida MFBA:
Imaginemos para onde irão esses, com a fiscalidade punitiva que se quer impor!
Meu Caro Visconde:
Mas já há tentativas nesse campo, como a da extensão do uso do preservativo, que desempenharia uma função útil dentro de grupos de risco, a norma universal...
Beijinhos e abraços.
At 8:21 PM, Anonymous said…
Andinos y caribeños se apuntan a la línea blanca......
At 9:25 PM, Anonymous said…
São os puritanos do politicamente correcto. Cumpts.
At 10:26 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Çamorano:
Hihihihihi! Outras paragens, sedes diversas.
Meu Caro Bic Laranja:
Completamente. E fanatizados num grau que não julgava possível, dirigido a um só aspecto da actualidade, sem ter por trás uma visão geral do Mundo.
Abraços a Ambos.
At 11:40 AM, Anonymous said…
Há pouco tempo, a luta justa pela diminuição dos prejuízos causados pelo tabaco a terceiros passaram o seu limite, quando se soube que a discriminação em função do tabaco não é legalmente proibida.
No caso do álcool, estaremos igualmente próximos do limite. Em todo o caso, esperemos que a experiência norte-americana da Lei Seca sirva de aviso - e os seus resultados de inspiração!
At 4:24 PM, Anonymous said…
Em todo o caso, seria preferível que o Paulo se mentalizasse que estamos num mundo secularizado e deixasse as religiões de lado. Superioridade moral dos nórdicos??? "Consumir bebidas brancas e álcool puro", como diz o Mera Culpa, é uma generalização grosseira, dado o vasto consumo de cerveja em países como o Reino Unido, os Países Baixos ou a Alemanha. Será que os hereges ingleses mantêm a sua liberdade de beber intacta, ou reclamam contra os novos costumes? São moralmente superiores os turistas que vêm beber litradas em Albufeira?
Paulo, estamos a enfrentar um totalitarismo de costumes que o filme "Demolition Man" de S. Stallone, anteviu.
Dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, Paulo, a religião não é para aqu chamada.
At 6:54 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Miguel:
esperemos, efectivamente, que tal aconteça, e, a propósito, recomendo o excelente «A Estalagem Volante de Chesterton».
Meu Caro Armando: nunca me viu dizer que não estamos num mundo secularizado, pois não? E esse é um dos motivos porque não gosto dele. Agora negar a influência nas religiões reformadas na mentalidade dominante, oficialmente, na Escandinávia é coisa muito limitativa. Defendo o Catolicismo de todos os ataques, venham do fundamentalismo do Islão ou da capa de laicismo que tem por trás formação protestante. A Cultura do Sul da Europa em que me incluo tem dois sustentáculos no vaticano e no vinho. E ninguém, neste blogue, me calará quanto ao que me agrada e quanto ao que contesto.
At 9:40 AM, Anonymous said…
(Eu não pretendo calar ninguém... eram apenas forças de expressão...)
Mas não será que a cerveja está sob o mesmíssimo ataque nas protestantes Inglaterra e Alemanha?
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