Uma Lança em África
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21 de Agosto de 1415. Expedição a Ceuta, que faria o começo da glória da Dinastia de Avis. Fosse apenas o intento de ganhar vantagens materiais para o País, poder-se-ia dizer que a decadência da Nação começava no ponto em que o seu espaço natural não bastasse às aspirações da sua população. Porém, o significado desta conquista precursora é bem maior. Para além da necessidade de concluir a formação político-militar de uma nova geração, romanticamente dada pelos historiadores como o pretexto para «armar cavaleiros os Infantes», o que motivava era o imperativo de combate ao Infiel, que fizesse convergir esforços com os de Castela contra Granada, sem a aceitação de uma tácita cláusula de obrigatoriedade de assistência militar capaz de prender os movimentos do Reino. Para tanto se encenou a comédia da «luta aos piratas holandeses», com o poder condal deste País como Guest Star. Era o reconhecimento da necessidade de lutar por Cristo, ainda não descobrindo para ele novas Almas, antes inaugurando um ponto de apoio que pudesse ajudar a devolver-Lhe terras outrora Suas, as do Norte de África Romano. Já nesse tempo saltava à vista a conveniência Nacional em combater pela Civilização a que se pertencia, contra o inimigo que, a ferro e fogo. instituíra hábitos e fé opostos em solo que antigamente fora nosso. Para muitos, porém, a lição da História nada diz.
21 de Agosto de 1415. Expedição a Ceuta, que faria o começo da glória da Dinastia de Avis. Fosse apenas o intento de ganhar vantagens materiais para o País, poder-se-ia dizer que a decadência da Nação começava no ponto em que o seu espaço natural não bastasse às aspirações da sua população. Porém, o significado desta conquista precursora é bem maior. Para além da necessidade de concluir a formação político-militar de uma nova geração, romanticamente dada pelos historiadores como o pretexto para «armar cavaleiros os Infantes», o que motivava era o imperativo de combate ao Infiel, que fizesse convergir esforços com os de Castela contra Granada, sem a aceitação de uma tácita cláusula de obrigatoriedade de assistência militar capaz de prender os movimentos do Reino. Para tanto se encenou a comédia da «luta aos piratas holandeses», com o poder condal deste País como Guest Star. Era o reconhecimento da necessidade de lutar por Cristo, ainda não descobrindo para ele novas Almas, antes inaugurando um ponto de apoio que pudesse ajudar a devolver-Lhe terras outrora Suas, as do Norte de África Romano. Já nesse tempo saltava à vista a conveniência Nacional em combater pela Civilização a que se pertencia, contra o inimigo que, a ferro e fogo. instituíra hábitos e fé opostos em solo que antigamente fora nosso. Para muitos, porém, a lição da História nada diz.
10 Comments:
At 10:56 AM, Anonymous said…
Quizás tampoco esté de más recordar que Estrabón, y los romanos, hablaban de tres Hispanias: la peninsular, la narbonensis y la tingitana. Ellos veían estas tres Hispanias como una unidad. Así que a lo mejor tampoco tiene nada de particular que un pueblo hispano RE-conquistase Ceuta.
Después de todo la legitimidad visigótica, fundamento de la Reconquista, no puede soslayar que el norte de Africa, hoy día Marruecos, perteneció a esa Hispania.
Ahora Zapatero quiere "devolver" (sic) (¿cómo se puede devolver lo que nunca ha sido suyo? en todo caso regalar) Ceuta a Marruecos. En todo caso, ya que Zapatero está empeñado en que España se prescinda de Ceuta, habría que devolverla a Portugal. ¿No sería esto menos descabellado?
Un abrazo,
Rafael Castela Santos
At 11:06 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Muito Caro Rafael:
Presentear, «regalar», dizes muitíssimo bem, é o que esse senhor quer fazer. Não só da Cidade, por muito historicamente hispânica que ela seja, mas da própria capacidade do Ocidente não dar ao verdugo o pescoço que ele ambiciona cortar.
Para quando o fim dos dias políticos de Zapatero?
At 12:42 PM, Anonymous said…
Caro PCP,
A glória dos Avis já vinha de trás, de Aljubarrota, também num mês de Agosto!
De resto, só concordar com tudo.
Abraço
At 5:44 PM, Anonymous said…
Diz bem, Caro Paulo, para muitos a lição da História nada diz, ou, melhor, andaram-lhes a contar outras estórias, daquelas que distorcem a visão das coisas, ao ponto de nem verem, claramente visto, o que se desenha, nitidamente, diante dos seus olhos.
Mais uma boa análise.
At 7:16 PM, Paulo Cunha Porto said…
Neu Caro Miguel D:
Não esqueçamos, realmente esse feito, aqui lembrado com endereço à Espada do Condestável, em 14 último. Glória externa, pois.
É a tal coisa, Caro Anónimo, o que a uns parece de clareza meridiana, revela-se para outros de opacidade que gera estupefacção. E sim, creio que a colocação dos olhos exclusivamente num "Passado", sem atentar no que rodeia, tem grande influência. Sensibilidades!
Abraços a Ambos.
At 7:51 PM, Anonymous said…
¿ La revancha de la batalla de Guadalete?
At 8:30 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Çamorano:
No sentido em que era um esforço conjunto da Cristandade Peninsular para fazer retroceder o invasor que na Península se tinha istalado, após esse triste evento...
Mas talvez a "revanche" mais imediata deva ser considerada Covadonga. Que nos ensina que, por muito baixo que desçamos, há sempre a possibilidade de um Pelayo (ou Pelágio, como dizemos) edentor.
Forte abraço.
At 11:49 AM, Anonymous said…
Melhor seria que o Zapatero nos devolvesse Olivença!
At 5:55 PM, Anonymous said…
A História diz-nos que entre a classe política portuguesa da altura havia duas grandes correntes de opinião: os que defendiam as conquistas em África (nobreza...) e os que viam grandes oportunidades nas Descobertas (burguesia mercantil.) De um lado os cavaleiros da Idade Média, que entendiam que a grandeza de Portugal se faria a golpe de espada pela Fé, e do outros os mercadores da Idade Moderna, que pretendiam que o País se tornasse mais forte pelo comércio e pela riqueza material.
At 5:59 PM, Anonymous said…
E a Coroa oscilava entre uma e outra via, e o próprio Infante D. Henrique não era propriamente contra a conquista; mas, genericamente, o País ganhou muito mais com as Descobertas do que no papel de D. Quixote. D. João II não teve de decidir entre entregar uma praça-forte ou um irmão, nem enterrou exércitos em Marrocos.
De certa forma, este debate prolongou-se até aos nossos dias.
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