Bravatas Que Alastram
Faz parte do alarde de valentia que se esperava de um chefe árabe tradicional o desafio do Leader adversário para um combatte singular, sobretudo quando há a certeza de não haver resposta afirmativa, embora se conceda que nem sempre será esse o factor determinante. Estas declarações são sobretudo para consumo interno, visando reforçar o orgulho do povo no que o conduz. Quem não lembra os desafios de Saddam aos dois Bush, para debates em ambos os casos, como para um duelo, no segundo?
A novidade vem do Presidente do Irão, que desafia o Inquilino da Casa Branca para debater o desafio nuclear do seu País, mas não é árabe. E essa tradição valentona parece-me não estar tão enraizada no modo como a População da Pérsia se relaciona com os seus governantes. Como também suspeito de que o clero xiita que manda na Nação não achará demasiada graça a este centramento individualista da aparência do comando, apesar de ao serviço da radicalidade de posições que preconiza.
De outras duas coisas se esquece, contudo, o desafiador: de que estas discussões são espectáculos para influir em resultados eleitorais, sendo que aqui não há eleitores. E de que G. W. Bush sempre saiu bem dos debates que travou, mesmo daquele em que foi dado como perdedor. Não é fácil vencer os norte-americanos num despique dentro so show business. E esse espectáculo está presente em cada conferência de Imprensa, que é o verdadeiro terreno de discussão de posicionamentos aplicável.
1 Comments:
At 8:31 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Espadachim:
Mas aqui, combates só de língua.
Abraço.
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