Procura-se Restaurador
Saído das próprias hostes republicanas a que aderira, George Monck restabeleceu a Coroa de um País a que o regime contra o Realismo tinha estilhaçado a unidade, não falando já de assassínios em massa anti-católicos, como os promovidos por Cromwell, na Irlanda. É a data do regresso do Rei, filho do decapitado Carlos I e futuro Marido da nossa infeliz D. Catarina que aqui se evoca. E para que se veja a superioridade da Monarquia: nem Carlos II, nem Richard Cromwell, filho de Oliver, eram homens excepcionais. Mas a Instituição a que um deu continuidade perdura ainda hoje, enquanto que a tentativa de sucessão do segundo rapidamente desabou, sem deixar fidelidades que contassem. Para quando uma transição semelhante em Portugal, ainda que fomentada por um desenganado da fraude que é a República?
18 Comments:
At 2:28 PM, Anonymous said…
Richard Cromwell sofria de doença mental.
O problema é que hoje em Portugal, nem "um" Carlos II há.
A Causa Real, com o afastamento de Sampaio e Melo “faliu”.
Nada funciona.
Já nem as “revistas cor-de-rosa” consideram o “produto” vendável.
At 2:31 PM, Anonymous said…
Talvez no dia em que Portugal souber instituir o verdadeiro espírito democrático. A Inglaterra que limitou os poderes do Rei logo em 1215 foi a mesma Inglaterra que derrubou uma Tirania Ditatorial de cariz republicano para a substituir por uma monarquia de poderes limitados, feições aristocráticas e conteúdo democrático.
(a monarquia de poder absoluto não voltou a ter sucesso.)
At 2:47 PM, Anonymous said…
Da leitura do segundo comentário, ocorre a pergunta: _ A Nova Monarquia de Miguel Castelo Branco, HOJE, estaria em que quadrante ideológico, na dicotomia Direita\Esquerda?
At 6:33 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Anónimo:
Pelo menos ao nível da tomada de decisões. Mas muitos Reis deficientes nesse campo tiveram excelentes reinados. O q1ue demonstra a inferioridade experimental e experimentada do Republicanismo.
O Sr. D. Duarte serve perfeitamente. E se, na verdade, a Causa Real já conheceu melhores dias, é porque não é o modelo adequado ao tempo que corre. mas não desesperemos. Há agora em cena o projecto misantrópico. E dele brotará a Monarquia de Amanhã.
Meu Caro Miguel:
Estou cansado de dizer que não defendo, não quero e não compro uma Monarquia Absoluta. Se ler alguma coisa do que para trás deixei, verá até que saudei a Magna Carta como limitação do arbítrio pessoal da Coroa. O que quero é uma adaptação ao nosso tempo da Monarquia que existiu antes da absoluta, a descentralizada e limitada pelos direitos municipais, regionais e profissionais. Mas também recuso os outros absolutismos, o dos partidos e o da Imprensa que nos desgovernam.
Esse Honroso Movimento, do qual fui simpatizante, é, Caro Anónimo, como tudo na vida: não "de Direita", ou "de Esquerda", mas "à Direita", ou "à Esquerda", dependendo de quem com ele se confrontasse.
Mas atenção, o Potencial da Monarquia está para além de Esquerdas e Direitas, não só por poder perfeitamente integrar a parte canhota do espectro ideológico, como comprovam as experiências portuguesas de Barjona de Freitas e Oliveira Martins, como por, preferentemente, poder prescindir dessa dicotomia.
Abraços a Todos.
At 6:37 PM, Anonymous said…
A propósito de Sampaio e Melo, ouvi-o afirmar (a mim), há dez anos atrás, na mesa de um restaurante em Barcelona que Guernica tinha sido destruída pela aviação republicana espanhola. Houve discussão por causa desta afirmação, e eu nunca mais me vou esquecer dela.
At 6:40 PM, Anonymous said…
Esqueci-me de dizer que estava também O Sr. Duque de Bragança e mais 12 pessoas.
At 7:01 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida MFBA:
Espero que SAR haja sido dos que o corrigiu. Sendo que Guernica, acontecimento lamentável como muitos outros bombardeamentos, para o Direito da Guerra vigente então era um objectivo absolutamente lícito, na qualidade de nó rodoviário e ferroviário essencial aos abastecimentos militares. O que só vem provar que o melhor é não haver guerra, com os meios destrutivos da contemporaneidade.
Beijinho.
At 10:08 PM, Anonymous said…
Li com interesse o comentário de MFBA, das relações sociais do Ilustre Blogger.
É um facto histórico que foi a Legião Condor que bombardeou Guernica.
Contudo, há uma situação que na altura foi relatada na imprensa, e que tem a ver com o tipo das crateras deixadas pelo bombardeamento.
O tipo que encontraram não correspondia em muitos dos casos ao que as bombas utilizadas pelos alemães teriam que ter feito, mas sim a crateras provocadas por cargas de dinamite.
Há a hipótese de os republicanos terem dinamitado os eixos rodoviários vitais e as fábricas, tipo “guerra de terra queimada” em relação aos nacionalistas.
Agora, é um facto que Guernica é um símbolo para a esquerda, e a verdade histórica fica sempre em segundo lugar.
Cumprimentos.
At 9:04 AM, Paulo Cunha Porto said…
Sobre isso, Caro Visconde, o «Velho da Montanha» publicou há meses, um detalhado "post" comprovativo de como os custos de eleição e representação de um presidente são muito mais elevados. O que corrobora a célebre declaração de voto de um deputado republicano norueguês que, quando se escolheu a Forma de Estado daquele País, declarou que, embora pessoalmente preferisse a República, daria o seu sufrágio à Monarquia, por sair menos oneroso ao contribuinte.
Abraço.
At 9:35 AM, Anonymous said…
Lá está... ora é o aristides sousa mendes, ora é guernica... qualquer dia dizem que o hitler era secretamente comunista...
At 9:57 AM, Paulo Cunha Porto said…
Calma com esses plurais, Anónimo! A mim só vincula a minha assinatura.
No caso Sousa Mendes, em que não defendo qualquer teoria, limito-me, em face de dúvidas postas preto no branco por uma Pessoa Creditada e Credível, a recomendar investigação séria. Não vejo que problema vê nisso.
At 12:19 PM, Anonymous said…
treze à mesa em Barcelona! lagarto, lagarto!!!
o samapio e melo não é o ignorante que a cortezã quer fazer crer. e conversasa á mesa, não se contam em sitios públicos como a net.
haja educação!
At 3:06 PM, Anonymous said…
Olá Paulo
Não fazia tenções de fazer mais nenhum comentário além dos que já fiz, mas este último obriga-me.
Eram 15 pessoas.
Não quiz pssar a ignorância, mas sim o facciosismo, pelo menos para mim.
O almoço era público e tanto Sampaio e Melo como o Sr. Duque de Bragança não conheciam a maior parte das pessoas.
Com toda a consideração.
At 3:14 PM, Anonymous said…
Esqueci-me de dizer, Paulo, que não sou anti-monárquica.
Beijinho.
At 4:34 PM, Anonymous said…
Elogiada en España la austeridad del veraneo de los Duques de Braganza........
At 8:16 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida MFBA:
Fico muito contente em saber dessa não-predisposição negativa. Devo dizer, para benefício dos Leitores, que acrescentar ao tema um Comentário Dessa Origem foi a única coisa positiva que vi naquele que o precedeu.
Beijinho, sempre grato e amigo.
At 9:38 PM, Anonymous said…
Restaurador... Olex.
(Mera Culpa)
At 10:48 PM, Anonymous said…
a conversa à mesa de um almoço público não é conversa pública. se sampaio e melo tivesse num discurso feito aquela afirmação, então é que seria pública a tal afirmação.
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