Acordo Com Pés de Barro
O ex-Comunismo já não conta. O importante do acordo a que se chegou na Ucrânia é a influência da respectiva governação nas relações entre o Ocidente e a Rússia. E embora simpatizasse mais com as figuras ligadas à chamada Revolução Laranja, tinha fortes receios de que a extensão da NATO ao País cujo nome em ucraniano significa Fronteira pudesse isolar a Rússia num acossado canto euro-asiático, aumentando a pura submissão à política externa norte-americana, de praticamente todo o continente Europeu. Assim, os EUA ainda ficam com trabalho para fazer e Moscovo mantém uma palavra para Oeste das raias que a delimitam. Não é a situação ideal, mas ao menos não é esmagador, enquanto a Europa não atingir a maioridade que lhe permita relacionar-se dignamente com o Aliado de Além-Atlântico, o que só acontecerá com uma "alternativa oriental".
Mas este entendimento tem outro perigo - o de, caso falhe a governação ora iniciada, transferir para insurreições populares a contestação ao Poder, tornando pior a emenda do que o soneto. A última coisa de que a Europa precisa é de uma Guerra Civil às suas portas num País muito mais importante estratégica e populacionalmente do que os dos Balkans; e que não pode ver a luta interna resolvida pela divisão em Nações diversas.
1 Comments:
At 7:24 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Espadachim:
E nem foi preciso espremer muito. Mas o pior é a perda da esperança que gere instabilidade.
Ab.
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