O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Thursday, August 03, 2006

A Fonte da Juventude

Surge uma esperança para a União Europeia. Anquilosada ao ponto de considerar a erradicação da pena de morte como uma conquista, vê agora políticos polacos com responsabilidades na coligação governamental promovendo um abaixo-assinado para o seu restabelecimento no que toque a homicidas pedófilos. Não sou adepto de um sistema de reacção penal como o chinês, em que qualquer carteirista obtenha gratuitamente o seu tiro na nuca, mas creio firmemente que a generalidade dos crimes de homicídio qualificado, de que este é, sem dúvida, um exemplo, devem ser punidos com a eliminação, única forma de a Sociedade se demarcar de quem pela desumanidade da sua acção, provou não ser digno de ser considerado entre a Espécie Humana. A vida de um inocente é sagrada, a de um tão grande culpado é uma aberração. E dois mitos estão a desagregar-se. O da irreversibilidade, como provou a restaurtação dela na grande maioria dos estados norte-americanos; e o da pertença da sua defesa à Direita, quando muitos senadores e congressistas da Esquerda Democrática lhe são favoráveis. Finalmente surge de dentro da Europa a coragem e a visão que já estão presentes no lado de lá do Atlântico. Se for possível mudar os fundamentos da UE, quem sabe se não seremos capazes de torná-la em algo capaz?

3 Comments:

  • At 3:44 PM, Anonymous Anonymous said…

    Totalmente de acordo. Apesar do discurso politicamente correcto da "reabilitação", há situações em que se sabe perfeitamente que isso nunca acontecerá...Para além das razões éticas que referes, há também uma questão prática, diria mesmo sanitária. A prisão perpétua, mesmo sendo uma pena dura, não é irreverssível...Um criminoso pode sempre conseguir um perdão, uma revisão da pena ou, no limite, conseguir escapar, e voltar a matar.

     
  • At 7:26 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro Espadachim:
    O perigo é tudo ficar na mesma com a alegação desculpadora de que a UE «não permite». Se for gerado um movimento de massas dentro da União, o caso terá de ter outro enfoque.

    Meu Caro TSantos:
    Tens toda a razão, que muitos deles são inclusivamente, postos em liberdade condicional ao fim de vinte ou trinta anos. Contrariamente a um ladrão, que deve ser ensinado a trabalhar para que se possa reintegrar, o grau de horror dos actos destes sujeitos obriga a que vejam terminada a sua existência terrena, não se considerando o que possam vir a fazer, mas o que já fizeram.
    Abraços a Ambos.

     
  • At 1:39 PM, Blogger JSM said…

    Caro Paulo Cunha Porto
    Já sabe que não concordo com o homem justiceiro. Aliás a dureza das penas, o rigor normativo, são tudo índícios preocupantes sobre a barbárie que todos os dias está pronta a renascer. E esses sistemas rigorosos, muito punitivos, são de facto próprios de comunidades bárbaras. O problema está em que hoje são essas comunidades que exercem o poder no mundo e são elas por conseguinte que acabam por impor os seus conceitos violentos. De vária natureza, desde políticos, económicos, sociais e outros.
    Aqui faço um parenteses para que não pense que estou a defender nesta matéria culturas estranhas à nossa identidade( lembro-me apenas que fomos dos primeiros a abolir a pena de morte!)
    Agora, quando os Estados Unidos nos aparecem através da propaganda como um exemplo, está tudo dito.
    E não me atire para o campo anti-americano da esquerda saudosa da união soviética! Não sou anti-americano, mas um europeu antigo, ultramontano, miguelista, como Você sabe, que tem naturalmente muitas reticências sobre o grau de civilização das ex-colónias.
    Para além de que a pena de morte é cada vez menos dissuasora se nos lembrarmos da pouca importância da vida humana, fruto exactamente daqueles conceitos veiculados pelas grandes potências, não pela Europa, diga-se.
    A atestar o que digo, a explosão do aborto, as tentativas de eutanásia, o suicídio terrorista, a droga que faz retroceder a sociedade ao estado animal...não é com mais pena de morte que lá vamos.
    Um abraço.

     

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