Em Todas
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Já aqui disse que o filme que considero como o melhor de sempre é «O CREPÚSCULO DOS DEUSES», de Billy Wilder.
Mas se me perguntarem quem foi o maior realizador de sempre, a resposta só pode recair sobre Fritz Lang. Apesar de Ford, Hawks, Rohmer e tantos outros. Só ele, do Mudo ao Sonoro, da vanguarda à subtil subversão do sistema imposto pelos estúdios, do Mundo Europeu ao Norte-Americano conseguiu nunca sair diminuído. Ninguém se poderá gabar como ele de ter podido ter um mundo criativo a seus pés, com a oferta de Goebbels para dirigir o cinema do III Reich, levando o seu afecto à relativa margem de liberdade a fazê-lo renunciar a tal poder e à vida amorosa com Thea von Harbou, para demandar espaços em que melhor se pudesse mover. Desde o apocaliptismo de «METROPOLIS» e a recuperação mágica dos Nibelungos, passando por uns «MABUSE´s» a que, nas duas primeiras versões, volto sempre, até às duas subtilíssimas histórias com Robinson/Benoit, não esquecendo o melhor filme de sempre sobre o crime - que não é o mesmo que dizer "sobre criminosos" -, «M», em todos foi grande. Ninguém poderá proscrever a deliciosa representação do Além em «LILIOM», ou a tensíssima reavaliação das fidelidades ameaçadas de um western pouco amado, «O RANCHO DAS PAIXÕES». Mas se me perguntarem...
...Ah, se me perguntarem, O Filme é «A MORTE CANSADA»; ou como até a Ceifeira permite um dia que o Amor a possa vencer. Réstia de bondade? Talvez, mas, num dia de razoável distanciamento, o misantropo prefere falar em quebra de rotina. A que nunca existiu nas realizações de Lang.
Já aqui disse que o filme que considero como o melhor de sempre é «O CREPÚSCULO DOS DEUSES», de Billy Wilder.
Mas se me perguntarem quem foi o maior realizador de sempre, a resposta só pode recair sobre Fritz Lang. Apesar de Ford, Hawks, Rohmer e tantos outros. Só ele, do Mudo ao Sonoro, da vanguarda à subtil subversão do sistema imposto pelos estúdios, do Mundo Europeu ao Norte-Americano conseguiu nunca sair diminuído. Ninguém se poderá gabar como ele de ter podido ter um mundo criativo a seus pés, com a oferta de Goebbels para dirigir o cinema do III Reich, levando o seu afecto à relativa margem de liberdade a fazê-lo renunciar a tal poder e à vida amorosa com Thea von Harbou, para demandar espaços em que melhor se pudesse mover. Desde o apocaliptismo de «METROPOLIS» e a recuperação mágica dos Nibelungos, passando por uns «MABUSE´s» a que, nas duas primeiras versões, volto sempre, até às duas subtilíssimas histórias com Robinson/Benoit, não esquecendo o melhor filme de sempre sobre o crime - que não é o mesmo que dizer "sobre criminosos" -, «M», em todos foi grande. Ninguém poderá proscrever a deliciosa representação do Além em «LILIOM», ou a tensíssima reavaliação das fidelidades ameaçadas de um western pouco amado, «O RANCHO DAS PAIXÕES». Mas se me perguntarem...
...Ah, se me perguntarem, O Filme é «A MORTE CANSADA»; ou como até a Ceifeira permite um dia que o Amor a possa vencer. Réstia de bondade? Talvez, mas, num dia de razoável distanciamento, o misantropo prefere falar em quebra de rotina. A que nunca existiu nas realizações de Lang.
Nasceu num 2 de Agosto.
4 Comments:
At 10:34 PM, Ricardo António Alves said…
Ora bem, toca escrever sobre cinema!
At 5:52 AM, Anonymous said…
O pessoal até gosta de falar de cinema, com direito a "special guest star" na pessoa do Eurico.
Concordo com quase tudo o que disseste, Paulo.
Eu até gostei da versão "Metropolis" restaurada, com música do Moroder e a Brigitte Helm ao som de "Here she comes, here she comes".
Mesmo assim, ainda sou mais Murnau que Lang, apesar das iniciais do meu nome darem Lang.
Conselho: não percam esse maravilhoso filme de animação que é o "Cars". Com especial atenção na voz de Paul Newman, a dar vida a um Hudson Hornet 1951. Grande Animação, Grande Cinema. Que ninguém pense que se trata de um filme para crianças. Crianças essas que também não devem perder o filme.
E um esforçozinho para ver a versão original não faz mal nenhum.
At 9:35 AM, Anonymous said…
Mandei-te um mail urgente.
DFF
At 11:04 AM, Paulo Cunha Porto said…
Mas olhe, Caro Visconde, que "pratrasmente", já há um "curriculum" considerável. Lang é enorme.
Meu Caro RAA:
É um tema inesgotyável, muito para além das pequenas comemorações, embora de grandes Pretextos, como esta.
Meu Caro Luís:
Hihihihi! Não tinha reparado nessa junção de letras. Obrigado pela sugestão.
Meu Caro DFF:
Vou ver e responder.
Abraços a Todos.
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