Transferência de Soberania
Uma vez que são os próprios Magistrados Judiciais, por intermédio da associação respectiva, a preconizar a inovação que determine o acesso de novos licenciados à carreira, em função de testes psicológicos, não será o misantropo que levante a voz contra. Mas sempre entendi que deveriam ser os Membros da Corporação a aquilatar da aptidão do perfil dos candidatos, para o que seriam os melhor colocados, tanto por conhecerem as exigências da função, como pelo hábito de julgar o carácter de quem Lhes surge à frente. Se passarem a ser psicólogos os encarregados dessa filtragem, os integrantes dos colectivos só exercerão a soberania de que os orgãos de que são titulares apregoam ser manifestação, num sentido muito condicionado pela palavra decisiva de avaliadores com outras formações e funções.
3 Comments:
At 6:35 PM, Paulo Cunha Porto said…
O problema, Caro Espadachim, é que sendo "em estrutura própria", a causa é de todos.
Ab.
At 1:47 PM, Anonymous said…
Caríssimo Misantropo:
Creio que recolheu essa informação de uma fonte pró-governamental, inescapavelmente dúbia.
Na verdade, não são nem nunca foram os magistrados a preconizar tal enormidade. A Associação Sindical dos Juízes Portugueses insurgiu-se veementemente contra tal «medida» do Costinha, e os poucos magistrados que poderão concordar com ela fá-lo-ão por obediência partidária ou outras «obediências».
Digo-lhe isto porque estou envolvido com a magistratura desde há mais de 15 anos, e assistido aos congressos dos juízes.
Aliás, há um «segredo» acerca do Costinha que não poderá ser aqui divulgado e que explicará muitas das «medidas» absurdas do sujeito para com a magistratura judicial e do MP. É também um caso de vingança pessoal da personagem em causa. E os «media» são transmissores do que ele quer difundir.
Um grande abraço.
At 7:11 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Carlos Portugal:
Julgo tê-la recolhido do «DN», o qual, hoje por hoje, corresponde demasiado à descrição que faz. Se, como diz, tal não corresponde ao pensamento da Associação, muito pelo contrário, tira-me grande peso de cima, pois, embora sabendo que há de tudo, tinha e tenho da classe dos Magistrados Judiciais uma ideia globalmente positiva que não gostaria de rever.
Abraço.
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