Totalitarismo Partidocrático
Já se sabia que com escolhas dos integrantes das listas feitas pelos directórios partidários e a disciplina imposta sobre as respectivas bancadas, o parlamentar é, a um tempo, um autómato e uma ficção. Mas o processo da aprovação pelo PS da nova lei de substituição dos deputados, independentemente do mérito da alteração, veio acabar com a última aparência de autonomia que evitava que um eleito para São Bento fosse um verbo de encher: as pressões para que vários dos membros da sua bancada não apresentassem as declarações de voto que pretendiam demonstra como, não contente por lhes comandar a vontade, o partido maioritário precisa de lhes cortar o pio!
2 Comments:
At 7:07 PM, Anonymous said…
Tudo caminha para aí. É ó já histórico princípio: quem pia, leva. Ora, sendo a estes senhores que o país entrega a sua representação e estando o livre exercício do seu mandato garantido pelo artigo 155º da CRP, se estes não são capazes de defender a sua dignidade, esperemos que o PR faça qualquer coisa por eles.
Zé
At 7:21 PM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihi! Mas Caro Zé, como a dignidade é palavra de que só lembrarão o sentido indo ao dicionário, prezarão acima de tudo o regular funcionamento das instituições entendido como a preservação do banquito a qualquer preço, mesmo que seja o do vexame.
Abraço.
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