Que Stress!

Todos nos reviramos nos assentos perante os safaris linguísticos dos nossos políticos. Mas pela Europa fora não é melhor. Sem saberem como hã-de fugir do sarilho do Tratado Constitucional falhado que o Sr. Giscard engendrou, a mando do seu ex-Premier e velho inimigo Chirac, dão as figuras maiores dos Orgãos da UE em reinventar os idiomas. O Presidente do Parlamento Europeu, Josep Borrel diz, com alguma graça, que a assembleia a que preside entende que «é urgente esperar». E José Barroso, seu homólogo da Comissão, faz um esforço para aplicar grande convicção numa frase que quer dizer nada - garantindo que «vai advertir os leaders dos países-membros para a necessidade de evitarem uma depressão constante». José Barroso vendo-se como sendo um anti-depressivo é um espectáculo... deprimente. Mas o que cada vez mais salta à vista é que o retorno periódico ao debate de como solucionar um problema que já estava solucionado pela rejeição esconde, cada vez mais, a incapacidade de produzir decisões concretas em vista a resolver problemas reais.