O Poder Simbólico
A anunciada inovação do Ministro Costa, versão Alberto, de atirar com o Ministério Público, dentro dos tribunais, para um nível equivalente ao do dos advogados, em vez de se situar logo abaixo dos juízes, pode parecer questão de lana-caprina, mas é susceptível, ainda assim, de fazer algum mal. Se inculcar no espírito das pessoas que a representação do Estado e a dedução da acusação criminal pública são interesses tão particulares como outros, não se admirem de que no subconsciente de muita gente que ainda não deu o passo fatal, se venha a instalar a ideia de que infringir a Lei Penal é um jogo de conveniências como qualquer outro, sem a carga reprovadora que hoje ainda o rodeia. E daí a jogá-lo não vai grande distância.
Ah! E quem for suspicaz ainda poderá pensar ser uma vingança, sequela da pretensa cabala casapiana...
4 Comments:
At 3:55 PM, L. Rodrigues said…
Ficará o nosso sistema com laivos do confrontacional anglo-saxónico?
At 6:18 PM, JSM said…
"...o ministro Costa, versão Alberto,..", gostei!
Eu sou favorável ao sistema justicialista anglo-saxónico, a mentalidade portuguesinha do 'nim', é que não é.
E sou um céptico quanto à 'versão Alberto'. Não tem nada a ver com o assunto, mas comunico-lhe que o Pedroso vai casar em segredo. Vem hoje na capa do 24 Horas!
Por hoje não faço mais revelações.
Um abraço.
At 6:20 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro L. Rodrigues:
Talvez, pelo que se sabe do sistema norte-americano. Mas não tenho por progresso esse formal alinhamento, como aliás, outros pontos do sistema, como o estatuto de político que as cúpulas das procuradorias gerais e distritais por lá têm. Cada intervenção é feita a pensar numa próxima eleição...
Abraço.
At 6:26 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro JSM:
Obrigadíssimo pela revelação do segredo poli... chinelesco. A «versão Alberto» parece-me abstrusa. E note-se que a maioria dos julgamentos nos países de língua inglesa são presididos por um só juiz, a quem é preciso dar lugar físico sem comparação, para contrabalançar a sucção de poderes de que foi alvo, pois, nos casos criminais mais graves a decisão principal cabe aos jurados.
Abraço.
Post a Comment
<< Home