Germinação
Vasco Graça Moura fala, hoje, das diferenças constatadas, em debate no Parlamento Europeu, entre a inoculação do ódio pelos manuais escolares islâmicos e pelos que são feitos sob a égide do Estado de Israel. Nada disto é novo. Todos os regimes tentam falsificar a História, de modo a servi-la às criancinhas na bandeja das suas conveniências. Quando há problemática de relações internacionais envolvida, o vencido provisório tudo faz para acirrar os ânimos das suas crias, no sentido de que elas, quando crescerem, venham a tirar desforço. Foi o que se passou com a França, da III República pré-1914, em que os livros de aprendizagem davam, todos, a Alsácia-Lorena como integrando ainda, por direito, o País; e onde os Alemães eram dados como pouco menos do que calígulas actualizados.
Simplesmente, para a Revanche os pedagogos franceses investiam as suas esperanças, principalmente, no mitificado Exército da República e a formação dos bons combatentes do futuro visava a integração nele, com vontade de pelejar. No universo muçulmano que existe apela-se a uma individualização da luta, seja na vesão menos radical, pela disponibilidade para o combate irregular enquadrado, seja pela extrema, do atentado suicida.
E lançadas estas sementes, à medida que a planta cresce, outros níveis de ensino se encarregam de estender o ódio do inimigo já amplamente identificado, aos presumidos aliados dele. Assim, no fim do Liceu e na Universidade gaulesas era a Áustria-Hungria promovida a alvo a abater, porque mais fraco. E, no Mundo Islâmico, é nas escolas superiores que se alarga o conceito de «opressor dos Crentes» ao Ocidente. Eis-nos entrados na história. É bom que nos saibamos defender. E que não sejamos a Áustria de Israel.
1 Comments:
At 6:45 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Espadachim:
Ignoro o que se passou com o ensino nessa época e local, embora conheça a actividade da imprensa nesse sentido.
Abraço.
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