Da Retórica ao Desmentido
Penso nas inúmeras formulações de humanitarissimos propósitos que a História desmascarou como fundamento das piores aberrações contra a mais elementar dignidade humana. É, mais ou menos o destino de todas as revoluções que não optem, desde o início, por estabelecer a dureza programática, já que a auto-confiança dos grandes alteradores não consegue conviver com quem lhe é extrínseco. Mas, extrapolando para a governação em geral, podemos atentar naquele absolutíssimo governante que, posto diante da necessidade de assinar a sentença de morte de um criminoso, teria coberto a cabeça e gritado:
«Eu desejaria não saber escrever!».
Se os Meus Queridos Amigos quiserem conhecer o nome deste grande vulto da Piedade, leiam o primeiro comentário.
5 Comments:
At 9:00 PM, Paulo Cunha Porto said…
Nero.
At 9:31 PM, Anonymous said…
Lo que tuvo que aguantar el pobre Séneca.....
At 10:10 PM, Paulo Cunha Porto said…
E acabou como acabou, Caro Amigo. Também foi um inêxito do outro grande educador da peça, com o delicioso nome de Burrus.
Abraço
At 11:10 AM, Anonymous said…
Séneca
Um dos meus filósofos de eleição.
Ele afinou a "arma" o melhor que pôde mas como muitos outros na História não foi dono do gatilho!
Mas não podemos dar como certo tudo o que nos dizem de Nero.
Legionário
At 11:31 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Legionário:
Inteiramente de acordo quanto a Séneca. Já quanto ao pupilo, temo que a unanimidade das condenações coevas, vindas de gente que se detestava entre si, como a própria cobardia do fim, não abonem muito em favor dele...
Forte abraço.
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