O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Saturday, May 27, 2006

Auto da Visitação

E noutro 27 de Maio, o de 1966, Igor Stravinski veio pela segunda vez a Portugal, com o intuito de dirigir o seu Oedipus Rex, sendo que, aproveitando a embalagem, se executou «A Sagração da Primavera», com Robert Craft no púlpito.
Da sua permanência por cá e das opiniões que emitiu foi dada interessantíssima notícia em «ARTE MUSICAL» 25-26, de Março de 1967, por João de Freitas Branco. Inesquecíveis as suas apreciações sobre Rimsky-Korsakov, que tinha por mestre pessoal na instrumentação, apesar de não o prezar igualmente na composição. Acerca de Mussorgsky, de quem dizia ser falto da «matemática da música». Além de lembrar o nosso Francisco de Lacerda, dizer que Mahler, sendo um grande compositor, «não era um grande criador», ao contrário de Schubert, devendo a sua posição a Schoenberg, Berg e Webern; e reconhecendo, em contrapartida, a proficiência criativa a Bruckner, o que deverá agradar ao FSantos. Mas todo o artigo vale bem uma leiturazinha. O retrato que acompanha é o tal desenhado por Picasso, que foi barrado numa alfândega italiana, sob suspeita de conter um mapa militar camuflado...

2 Comments:

  • At 11:32 PM, Blogger Flávio Santos said…

    Agrada, pois claro.
    Korsakov foi mestre de Stravinski e tentou que ele não se deixasse levar pelas tendências mais arrojadas da época. Com estrepitoso insucesso, é caso para dizer.
    Um dia destes arranjo-te cópia de um artigo de Lucien Rebatet na revista Ecrits de Paris, a propósito da estreia de Threni em Paris, em 1958.
    Um abraço.

     
  • At 7:46 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Obrigado , Amigão.
    Abraço.

     

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