2-1
Naquela triste faixa que Gaza é, milicianos da Fatah e do Hamas recorreram aos seus utensílios do dia a dia, tais espingardas automáticas e mísseis anti-tanque, para matarem adversários. À morte inaugural de um adepto do Governo sucedeu a recuperação no marcador, com o assassínio de dois apoiantes do Presidente. Aguarda-se com indisfarçada impaciência o esclarecimento sobre qual dos lados "se encontra ao serviço de Israel". Possivelmente, a falta de consenso obrigará a concluir que... ambos. O que, temo, faça os hiperactivos apoiantes vocais da Palestina não lamentar por aí além o óbito dos três palestinianos.
A amizade fantasiada tem destas coisas.
4 Comments:
At 1:34 PM, vs said…
Ahahahahah!
Brilhante!
Parece que neste momento decorre o intervalo durante o qual as duas equipas vão acertar as tácticas para que, na 2ª parte, o resultado se torne bastante mais volumoso.
ps - lembrei-me, de repente, de Timor. Vá-se lá saber porquê...
At 6:59 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Nelson: Ai, timor é um caso tristíssimo, em que a população não estava, tradicionalmente, habituada a estas coisas. Já na Palestina as pobres gentes nascem, crescem e morrem rodeadas desta "cultura da bala" há muito tempo. Mas já se sabe de quem é a culpa, para alguns Amigos nossos...
At 1:20 AM, Anonymous said…
Caro Paulo;
O que eu vejo, desde o gaseamento em massa de Saddam contra o povo Curdo (o cume da barbárie na região - e se havia armas de destruição em massa; eram estas e com que horrorosas consequências) e fuzilamentos perpretados pelo mesmo contra o seu povo; até ao terrorismo duradouro contra Israel e contra-resposta desta nação; passando pelos assassinatos políticos no Líbano e agora na Palestína; o que vemos é que quando o homícidio e o ódio que o despoleta se transformam em vícios no quotidiano; a preciosa vida humana, que é o valor mais importante para nós, nada vale para aqueles. Ainda há muita gente de bem naquela região. Esperemos o futuro.
At 8:40 AM, Paulo Cunha Porto said…
Sem dúvida, Caro Pedro, o que aflige é esta "formiguização" do Homem. Queixamo-nos da que operamos, com a vida das grandes cidades. Esquecemos a da Palestina, em que se mata um ser humano como quem pisa uma formiga. Pensar que o que sempre foi tido por excepcional no Ocidente, mesmo em sociedades guerreiras, como o emprego das armas, é ali a banalidade extrema...
Abraço.
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