Hic! Do Uso ao Abuso
No mesmo jornal, o inquérito que sustenta estar o consumo de vinho a aproximar-se da liderança da cerveja vem mitigar a distância entre o proveito que cabe ao nosso País e a fama que tem. Com efeito, dizem-no mediterrânico e traço diferenciador da cultura desta bacia, face aos povos germânicos, a preferência vinícola. Além de que o vinho é mais apropriado a acompanhar a refeição, do que as cervejas, gins, whiskeys e c.ª, o que os predispõe a favorecer o consumo moderado, via ideal entre o vício que degrada e a abstinência que repugna. Embora se reconheça que é sempre possível, a meio da tarde, um qualquer maduro emborcar o garrafão de 5lt., é conduta que está muito mais afastada dos hábitos predominantes, comparando com o consumo de destilações extra.
Um dado que me deixou perplexo foi a constatação de serem os 20 anos a fronteira que marca a transposição da linha do equilíbrio em matéria de excesso alcoólico. Até é lógico, por acompanhar o crescimento da disponibilidade aquisitiva. Na minha geração, todavia, as pessoas que se renderam a essa viciação ou começaram a caminhada antes, ou a descobriram à roda dos 32-35 anos, com os primeiros problemas graves conjugais, pós-conjugais e de saturação ou frustração profissional. Mas aceito que seja característica em mutação.
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