Críticas Cravadas
No «DN» de hoje pode, quem paciência tenha, divertir-se com um espectáculo curioso: um dueto empenhado em atacar a imaterialidade, o que é tido pelas Gentes sempre como sinónimo de loucura, quando o é apenas de má-vontade. O Editor de Nacional atira-se ao Presidente Cavaco, por querer uma ordem de prioridades arrumada, enquanto que, presumivelmente, ele a preferiria desarrumada. E por ter alimentado um «tabu» sobre se usaria ou não cravo na cerimónia do 25A, como se os políticos estivessem obrigados a um dever de revelar a indumentária do dia seguinte. O problema é outro. Como há uma vaga reminiscência de ter um tabu contribuído para o até agora maior insucesso cavaquista, pretende-se, desde já, tentar repetição da dose.
No mesmo jornal de referência Fernanda Câncio, em nome das massas para quem o derradeiro herói é o preservativo, tenta identificar ameaças para o futuro, emergentes da evaporação do cravo vermelho da lapela presidencial. A profecia tem o valor mitigado do vago e da inexistência de previsões concretas. Fala da dificuldade de edificar um futuro, sobre um passado - o do Presidente -, a que contrapõe outro - o da flor murcha. Vamos analisar com um grau de imprecisão quase igual, pois não se deve desagradar, deliberadamente, a uma Senhora: de tão habituada que está a estimar um discurso de "uma no cravo, outra na ferradura", não se conforma que um político do quadrante adverso apenas releve um dos elementos. Mas há que não ser apocalíptica! Tudo tem explicação. A ferradura, como se sabe, é sinal da sorte. O cravo vermelho tem vindo a tornar-se no signo do nosso azar.
2 Comments:
At 8:40 PM, Paulo Cunha Porto said…
Seria melhoria de tomo, Meu Caro SA! Conte comigo!
E nada de ligar à segunda parte da superstição, que manda atirá-la para trás das costas.
Abraço.
At 9:36 PM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihi!
Ab.
Post a Comment
<< Home