O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Friday, April 28, 2006

Quem Manda?

Salazar! Salazar! Salazar!
Que nasceu a 28 de Abril.

Tudo pareceria, em características pessoais, afastar-me Dele. Onde detesto os Humanos nas suas manifestações grupais, mas tendo disponibilidade para gostar de alguns deles, individualmente, Ele tinha a afeição ao Seu Povo que ditou o sacrifício de uma vida, mas nutria pelos homens, mesmo por aqueles que Consigo colaboraram, o desdém ancorado na superioridade que sabia existir de Si sobre os outros. Recrutou os governantes no melhor que a Universidade Portuguesa de então produziu. Mesmo assim, creio que só dois dos Seus ministros ganharam a sua admiração, que é coisa diferente da cordialidade: José Alberto dos Reis, que conheceu como professor, e Duarte Pacheco.
Querem os que gostam de apoucar que fosse o tirano empenhado em reprimir. Não era tal. Sempre deixou o combate aos subversivos a funcionários de segunda, que para isso haverá sempre gente competente. O que nunca fez foi trair a confiança, entregando de mão beijada o poder, ou indo para onde o pudessem caçar e apear. Veja-se a diferença entre a sua reacção ao golpe Botelho Moniz e a do seu sucessor, enfiando-se no Carmo.
Quatro tarefas de tomo Lhe ocuparam a vida:
Pacificar a sociedade portuguesa, depois do mais iníquo regime que este País conheceu, em que os brandos costumes tinham sofrido um parêntese de década e meia, com assassínio quase diário de inocentes, espancamentos por grupos de malfeitores a soldo dos partidos, perseguição religiosa e pronunciamentos militares mais frequentes que os dos generais Alcazar e Tapioca .
A recuperação financeira, que não admira em professor da especialidade, mas não estaria ao alcance de qualquer um.
O jogo arriscado, apoiando o Campo Nacional, na Guerra Civil de Espanha, que os vermelhos de Madrid multiplicavam as declarações de federalismo socialista ibérico. E garantindo a neutralidade peninsular, colaborante com a Velha Aliança na estrita medida do necessário, estendendo-a a contragosto, mas em nome do interesse nacional, ao lado de lá do Atlântico.
E, por fim, em idade em que já seria difícil pensar tal energia, mobilizando o País contra a insurreição em África, alimentada pelas duas superpotências da época e defendendo o Portugal multi-continental que tinha herdado, frente às pressões internacionais de uma comunidade hostil, encabeçada pela mais anti-portuguesa administração norte-americana, a de J. F. Kennedy. A Esquerda Republicana portuguesa, que se fizera na defesa das Colónias da boca para fora, com as notáveis excepções simbolizadas por Hernani Cidade e Armando Cortesão, depois de ter morto um Rei e um Príncipe, em nome do Portugal Africano, havia muito que se tinha transferido para a clientela dos inimigos deste.
Nos dois últimos pontos se revelou Diplomata sem par. Ao nível de Metternich, Talleyrand e Bismarck, mas sem a desonestidade dos primeiros, ou a brutalidade do Junker. E Portugal era um pequeno País, sem a incontornabilidade de uma potência com que fosse necessário contar, apesar de vencida, desprovida de Arquiduquesas para casar, ou canhões e exércitos que apoiassem os esforços da Diplomacia.
Foi demasiado Grande para aquilo em que o Nosso País se tornou. Mas nem sempre fomos assim...

23 Comments:

  • At 12:01 PM, Blogger Macro said…

    Bom dia Paulo,
    aqui está, em meu modesto entender, um belo retrato do Homem, dos homens que com ele privaram e subiram na hierarquia do poder e, claro está, de relance tb um esboço da História política (já) mui pouco contemporânea - dada a aceleração dos processos de mudança social. Pensei até, para consubstanciar, que referisse o Franco Nogueira e os seus interessantes "Diálogos Interditos" que certamente conhece - e "Um político confessa-se", além de "O Homem e as coisas", creio que é este o título..., que foi um livro que já me foi parar às mãos (comprado na Barateira do BA, creio!! - mas que ofereci na década de 90 a alguém que, afinal, não o mereceu, mas enfim. Hoje gostaria de o recuperar mas não o encontro.

    Se no outro dia o critiquei (socráticamente - como sp faço, e espero n me tenha levado a mal.. até pq vcê é um homem de cultura - a avaliar pelos seus posts) hoje regozijo-me com este seu texto sobre o homem e a conjuntura, digno de pontificar em qqr livro de história política ou de história das Ideias Políticas.

    Alguém que faz isto, também seria capaz de fazer, certamente, uma análise sociológica, filosófica - o que quiser ao "outro" que vcê cunha de "grande ditador". Hoje, curiosamente - (re)enquadra o nascimento de outro "grande ditador"... Daí, e talvez perceba a minha redobrada surpresa, em vcê não ter feito "mais" e "melhor"..., como lhe referi. Por si e pelo seu blog, não por mim, obviamente que fiz o que fiz e vale o que vale.

    Mas o que é mais curioso, no fundo, é dar-se o (o)caso de os visados (Salazar e Pacheco), e na linha da sua terminologia, serem os dois ditadores, cada qual à sua maneira. Com a particularidade, que a mim me parece mais grave, de PPereira o ser em Democracia.E estas, coo sabe, tomeram todas as procarias... Daí, por maioria de razão, estarmos atentos e sabermos criticar esses novos censores, novos bárbaros - com as mesmas armas intelectuais - como julgo ter feito no Cinismo e paixão...

    Enfim, ironias e rasteiras da história que a própria Madre história nos prega.

    Um abraço e continuação de bons posts

    PS(o outro)- Pensei também que evocasse o VEríssimo Serrão - e algumas notas sobre Marcello Caetano - que comporta tb inúmeros subsídios sobre Salazar. Marcello - foi, de facto,um senhor grande das letras e do direito português (que era quem melhor escrevia português depois de Eça), embora enquanto político deixasse muito a desejar. Era tímido e frouxo, e isso, como sabe, matou-o políticamente e também o matou físicamente. Porque, em rigor, ninguém gosta de ir morrer ao Brasil.

    Marcello não foi nenhum ditador, o seu problema foi não ter sabido afirmar-se como democrata. Mas os tempos eram difíceis...Todo o quadro de mentalidades era "quadrado", limitante, asfixiante, por isso falar a esta distância - em que temos a democracia nos bolsos - é fácil... O que faríamos nós então?! Se calhar, nada. Tínhamos um problema sério: as colónias. Fomos os primeiros a chegar a África mas os últimos a de lá sair, e isso entalou-nos na curva do tempo e nas lombas da história, vetou-nos as reformas que deveríamos ter feito atenpadamente e não fizémos.

    Talvez agora vcê perceba um pouco melhor aquilo que lhe sugeri (eu disse sugeri!!) no outro dia sobre o maoista transfuga. Pense nisso sem nenhuma reserva, apenas de peito aberto que é tb o registo com que faço os comentários no seu espaço.

    Porque se eu quisesse responder ao Paulo recorrendo à semiótica, à semiologia e ao jogo semântico escrevia-lhe um mail ainda mais hermético do que aqueles que me diz ter escrito, e aí era capaz de não perceber mmo nada do que lhe queria dizer.E nem sequer seria preciso recorrer ao Ludwig Wittgenstein...nem ao Jacobson. Temos de ser humildes, muito mais humildes!!!, e seguir as passadas do velho Sócrates, doutro modo corremos o risco de ser esmagados em 4 linhas.

    Mas o m/ propósito foi tão só um: ser claro, tentar perscrutar a Verdade. Afinal, o que é a Verdade!? senão uma convenção dos tempos que amanhã já tem outro rosto...porque os tempos e as pessoas-agentes da história tb mudaram...

    Era para fazer um blog no meu espaço sobre o "Botas" - mas olhe, deixo-o aqui no Seu Espaço que espero ter valorizado. Espero!

    By the way, já viu as notas e os discursos políticos...


    RPM

    E que tal acha o Frontline Forte, criado no dia 25 de Abril, por mera chalaça...

     
  • At 1:19 PM, Anonymous Anonymous said…

    Meu caro paulo;

    Sem dúvida, o melhor estadista português do século XX.

    Todos os meus elogios para o plano da sua austeridade e exemplo; como também para o seu patriotismo, à sua maneira é verdade, mas sincero.

    Seja como for, acredito numa sociadade livre, mas cívica(o contrário da 1ª República); em que não exista polícia política ou censura, e em que o patriotismo não seja cultura e política imposta pelo Estado; a não ser pelo exemplo e pela acção - para que não se torne justamente uma imposição formal e artifícial, que com o tempo perde autenticidade espiritual e pesa sobre a população, por não partir espontaneamente desta.

    Penso que só em liberdade plena o verdadeiro patriotismo espontâneo, aberto e heterodoxo, pode nascer, mais forte e com mais verdade. E nisto, discordo da "cultura" do Estado Novo.

    Quanto à política do apoio à Espanha nacional, só uma coisa pesava: as expressões de alguns Generais de Franco (Quando ainda se pensava que o "Eixo" iria vencer a guerra) de que na nova Europa não haveria lugar para nações como Portugal. Enfim, de qualquer maneira, Salazar, através dos Açores, virou a bússula do país para os Aliados na ultima fase da Guerra.

    Quanto ao caso Botelho Moniz; lá disse um dos ministros ao General Arriaga: "Ele não lhe perdoa o alto serviço que lhe prestou!" Mas também por isto se via o espírito orgulhoso.

    Bom Paulo, esta minha ultima achega caberia no tópico sobre a MAÇONARIA mais abaixo:
    Sou a favor de um país com liberdade religiosa plena e liberdade de associação plena.
    Ora, no 1º caso a liberdade existia, mas com grandes reservas e vigilâncias aos cultos não católicos.
    Quanto à proibição das sociedades secretas, nomeadamente da Maçonaria; eu aí discordo, com a devida vénia; e secundo o grande Fernando Pessoa, que num artigo de jornal, insurgiu-se corajosamente e publicamente contra o decreto do governo de Salazar; uma vez que era adepto de todas as sociedades iniciáticas e ocultas de cavalaria maçónicas(O conhecimento hermético não pode passar e polular pelo público - a reserva é sempre necessária) Para além do facto de que todas as associações maçónicas ou espiritualistas, ou mais políticas, porque também o eram(estas eram as temidas pelo nascente Estado Novo) não tinham culpa que algumas se tivessem tornado exclusivamente políticas e "jacobinas".
    Eu concordo com o grande poeta. Ele queria o fim da desordem da 1ª Répública, em favor de uma ordem patriótica. Mas não queria um país "romano-ultramontano" e reaccionário que abandonasse a liberdade e a heterodoxia.

    Fora as minhas discordâncias. Fica a minha admiração pelas finas qualidades do grande "beirão".
    Sim, um "Talleyrand" sem desonestidade; está bem observado.

    As minhas desculpas pelo longo comentário.
    Pedro Rodrigues

     
  • At 1:57 PM, Anonymous Anonymous said…

    Paulo;

    As minhas desculpas para incorrecção-lapso de escrita no seu nome:
    Queria escrever "caro Paulo" com "P" maiúsculo, naturalmente.

    P.S: Já agora acrescento uma importante interrogação: Como seria a história do regime e do país se o grande Duarte Pacheco tivesse sobrevivido? Foi uma grande perda para a nação.

    Um Abraço
    Pedro Rodrigues

     
  • At 3:21 PM, Anonymous Anonymous said…

    Fantástico retrato do ÚNICO estadista português do século XX! Devia ser amplamente divulgado, mas duvido que algum jornal publicasse uma coisa tão "politicamente incorrecta"...

    Abraço
    T

     
  • At 5:03 PM, Blogger Macro said…

    Boa tarde,
    se o Cavaco lê este post do "caro" Paulo mais os coments conexos manda o sis, quais cães com pulgas, prender-nos a todos. A todos!!!

    Mesmo q invoquemos a nossa insustentável leveza do ser enquanto novos democratas, as nossas parcas inconfidências do regime, com o Cavaco não se brinca.

    de facto, esperava aqui encontrar mais dialéctica, mais história e até mais histori(cidade). Mas não. Há pessoas que qdo olham para a história ainda o fazem com lentes maradas, com lentes de óculos comprados na feira de Carcavelos, e depois dá nisto.

    A estória - a História - tem de ser lida com as lentes do Baruck Espinosa - que são lentes cristalinas, lentes sãs, lentes objectivas e não obstante alguma intersubectividade kantiana que colocamos sempre nos fenómenos sociais objectos de análise, sempre turvanos menos a história.

    Esta tem de ser lida com as lentes do Espinosa, não com as outras.Porque as outras têm muitas dioptrias, e com lentes assim dizemos sempre que um ananaz é um tomate, e às vezes estamos só diante duma batata. Duma simples batata. Sem ofensa para a lógica do mesmo nome.

    Ainda assim, talvez o Público o editasse.

    abraço e bons posts
    rm

     
  • At 5:56 PM, Anonymous Anonymous said…

    El profesor Cavaco resulta un poco "azarento" para España; siempre que ocupa cargos de gobierno en Lusitania Felix, en España tenemos que soportar el tétrico PSOE......(Version Felipe Gonzalez o version Zapateril...)

     
  • At 8:39 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro Rui Paula de Matos:
    os Seus comentários, convergentes ou não, são sempre bem vindos. Temos que convir que, quer a dimensão, quer a importância histórica das duas figuras que referiu, justificam a diferença de tratamento...
    Conheço e possuo os dois primeiros títulos que refere, mas não o terceiro. Fiquei curioso.
    Achei muita piada ao «Frontline Fort» e deixei lá testemunho.
    Não creio que o regime actual se importe com as linhas escritas por um pobre "blogger". A táctica é mais no sentido de remeter a Verdade Histórica que lhes desagrade para o estatuto de "evocações de uns quantos nostálgicos" algo lunáticos.
    Quanto à História, a dialéctica e os instrumentos ópticos desempenharão o seu papel, desde que não prescindamos dos factos - que era o que queria o Jean Jacques - e que as lentes usadas não sejam cor de rosa, como fazem os vultos do regime vigente em relação a si próprios...

    Meu Caro Pedro Rodrigues:
    muitos dos problemas relacionados com as sociedades secretas, desde a Época das Luzes que favoreceu a Revolução Francesa, residem na legitimação de demolições políticas que, através de invocações de «vinganças templárias» e quejandas, subverteram o espírito do mais genuíno esoterismo. Não admiram as proibições, como reflexo de defesa.
    E, apesar de tudo, não comparo o sistema de hoje com o da primeira República. Este atrofia pela mediocridade, o outro era crime puro e duro.
    Como não situo a Liberdade num qualquer domínio por partidos ou jornais. Para mim ela radica no diálogo mais alto da tendência atomista do indivíduo com as vinculações superiores da História.
    Mas é sempre bom debater com Espíritos Interessantes. E o Meu Caro Pedro tem assento pleníssimo entre eles.

    Meu Caro SA: ela vai tardando, mas há-de chegar.

    Meu Caro TSantos:
    obrigado pela aprovação. Admitindo que estás com a razão, é caso para dizer que a blogosfera tem "du bon".

    Meu Caro Çamorano:
    como tudo indica que ele permanecerá dez anos no novo cargo, há tempo para a grande Espanha pôr a andar os governantes que, num momento impensado, elegeu.
    Abraços a Todos.

     
  • At 6:21 AM, Anonymous Anonymous said…

    Para quando o filme de Super 8 filmado às escondidas?
    Refiro-me às cenas de sexo filmadas pela D.Maria.
    O quê? Bem, vamos lá a ver se nos entendemos.
    O vídeo de sexo entre Salazar e Christine Garnier.

    Mais a sério: já leste "O cavalo a tinta-da-china", do Baptista Bastos? E viste a peça "Deus, Pátria, Maria", com a Márcia Breia?
    Dois belos retratos de Salazar.

    Não consigo ver as qualidades sem as associar à intolerância perante a liberdade de expressão e a tolerância perante a tortura.
    Nem é preciso falar de mais coisas.

    O Botas de que gosto é o "Billy, o Botas", poderoso avançado das histórias de BD.

     
  • At 9:09 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Se assim fosse, Caro Luís, ainda subiria mais na minha consideração, que a Garnier era bem jeitosa. Conheces um texto autobiográfico dela em que confessa só não ter acontecido porque Ele não quis?
    A limitação à liberdade de expressão tem sido grandemente exagerada. Quando percorro os jornais oposicionistas (ai Que horror de coacção, que até os deixava existir!) fico espantado como a censura não cortava cem vezes mais e deixava passar páginas inteiras da mais entranhada propaganda liberal ou marxista, conforme os casos. Era muito mais virada para a preservação dos bons costumes, eliminando os ataques pessoais, às tantas a má qualidade do fato do ministro.
    Quanto à tortura, sabe-se bem que estávamos muito longe de ser um estado-algoz. O Estado Novo contentava-se com a neutralidade, também por isso nunca foi totalitário. E ninguém foi maltratado por plantar rosas no quintal. Só os mais perigosos, na generalidade comunistas e afins, sofreram uns contidos «safanões dados a tempo», por muito compreensível que seja a memória angustiada dessas pessoas quanto aos mesmos. Mas que direito tem alguém que se organiza e conspira para destruir um regime de exigir deste que não destrua a sua pessoa? E, mesmo nos momentos menos simpáticos, o Estado Novo ficou sempre muito aquém disso. Não tenhamos dúvida, quando toca a combater perigo real todos torturam um bocadinho. Vê os interrogatórios da CIA aos islâmicos, hoje, os britânicos, no fim da 2ª Guerra Mundial a Comunistas e Nazis, ou os franceses com os integrantes da OAS. Tudo depende da conta, peso e medida, que é o que não têm os totalitarismos.
    Abraço.

     
  • At 10:01 AM, Blogger Flávio Santos said…

    Resposta magistral, parabéns!

     
  • At 10:12 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Obrigado, Caríssimo.

     
  • At 11:10 AM, Blogger takitali said…

    Caríssimo

    "Quanto à História,..." e antes que "a dialéctica e os instrumentos ópticos" desempenhem o seu papel, não prescindo de subscrever, com a devida vénia o Seu postal e os Seus comentários.
    Um abraço.

     
  • At 11:28 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Caro Takitali:
    Obrigado, é sempre uma alegria para mim, um comentário Seu, aprovador, para mais. Dá forças para continuar.
    Abraço.

     
  • At 1:51 PM, Blogger João Villalobos said…

    Valha-me Santo Antoninho! Vou fazer de conta que não li isto.

     
  • At 2:35 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Mas não, Caro João. Invoca o Grande Santo para que Te permita tornares-Te sensível às verdades elementares da condução dos Negócios Públicos.
    Abraço.

     
  • At 4:43 PM, Blogger JSM said…

    Caro Paulo Cunha Porto
    Eu venho de longe e trago comigo as angústias do tempo. Muito bem, temos as nossas divergências, esta é uma delas, que já conhecíamos em silêncio, e que me tenho abstido de comentar.
    Sobre o meu País..."o pó clerical de Coimbra escondeu o teu rosto de laranja oceânica...".
    Mas foi indiscutívelmente uma figura do século XX. Pena que não se tenha lembrado de mudar o regime, quando teve ensejo para isso.
    Ter-nos-ía poupadp muitos dissabores...posteriores.
    Um abraço discordante.

     
  • At 4:47 PM, Blogger JSM said…

    Por lapso e a tentar corrigir uma palavra, repeti-me.
    Não é a primeira vez, infelizmente.

     
  • At 5:48 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro JSM:
    até é salutar que não haja 100% de concordância. Que o António tentou mudar o regime, não oferece dúvida. Daí a convocatória do Conselho de Estado, após a morte de Carmona, para decidir se se candidatavqa outro militar, se se restabelecia a Monarquia, ou se era promovido Salazar à Chefia do Estado, como defendia Marcello Caetano para se guindar à do Governo. Apenas dois Conselheiros se manifestaram pela Restauração da Coroa: Cancela d´Abreu e Mário de Figueiredo. E no Exército havia resistências enormes, de uma velha guarda q

     
  • At 5:54 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    ue, não sendo ultra-jacobina, continuava republicana. É o que se esquece amiúde: o Estado Novo foi um regime de coligação. Olhando para trás dou graças por não ter havido precipitações na volta do Rei. Com o problema da guerra no Ultramar, dando a coisa para o torto, estaríamos agora em muito pior situação.
    Não tem nada que pedir desculpa pelo duplicado, que tomei a liberdade de eliminar.
    Eu é que peço perdão por a resposta seguir partida.
    Abraço.

     
  • At 7:33 PM, Blogger JSM said…

    Caro PCP
    Desta vez vou replicar:
    Então 'quem manda' afinal!?
    Consta que em dia cinzento, votou para desempatar!?
    E já agora, com Rei, não haveria por certo, a 'guerra do Ultramar'.
    E se houvesse... como a outra, era também pra ganhar.
    Sigamos pois triste fado, neste destino sem cor, ainda há quem chore e reze, pela volta do feitor!
    Um abraço com rimas.

     
  • At 8:07 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro JSM.
    Faz muito bem em replicar. Para mandar é preciso conhecer as forças com que se conta e em que se pode apoiar. E não cultivar fricções fraccionistas.
    Duvido muito que a lealdade se manifestasse na classe abrilinocapitanesca por obra e graça da Pessoa Real. Aquilo era gente de outras cartilhas, que não a de Alberto de Monsaraz.
    E, sim, em roça de escravos é bem necessário um Feitor, ou a Habitação não tarda a arder.
    Como ardeu.

     
  • At 4:06 AM, Anonymous Anonymous said…

    Não conheço o texto da Christine Garnier.

     
  • At 9:07 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro Luís:
    Creio que foi publicada uma parte num «EXPRESSO/REVISTA» antigo, que tenho para aí arquivado, algures. Se o vier a encontrar, dar-Te-ei mais pormenores.
    Abraço.

     

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