Compensações
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O Dr. Quintino Aires está convencidíssimo de que a oniomania, a tendência para comprar sem capacidade de refrear esse impulso, é do domínio de uma patologia que encontra as suas causas profundas na necessidade que os atingidos por esse mal têm de iludir as carências afectivas que os atormentam, a qual obteria compensação na aquisição de bens. Permito-me discordar. Não penso que seja por deficit de afectos que se acorre, sem travão, às lojas. É, sim, por adesão emocional em demasia. A imagem que as publicidades e os Media passam dos ídolos do cinema e da moda dão-nos com um poder aquisitivo e respectivo exercício elevados a um expoente altíssimo, que provoca nos seus adoradores a "tentativa" de se aproximarem dos seus preferidos por uma atitude que imite a deles. Como sempre, a explicação está mais à superfície do que pretende a "psicologia das profundezas". Embora se continue a tratar de compensações. Onde antes se visava contrabalançar a carência, visa-se aqui compensar a distância.
O Dr. Quintino Aires está convencidíssimo de que a oniomania, a tendência para comprar sem capacidade de refrear esse impulso, é do domínio de uma patologia que encontra as suas causas profundas na necessidade que os atingidos por esse mal têm de iludir as carências afectivas que os atormentam, a qual obteria compensação na aquisição de bens. Permito-me discordar. Não penso que seja por deficit de afectos que se acorre, sem travão, às lojas. É, sim, por adesão emocional em demasia. A imagem que as publicidades e os Media passam dos ídolos do cinema e da moda dão-nos com um poder aquisitivo e respectivo exercício elevados a um expoente altíssimo, que provoca nos seus adoradores a "tentativa" de se aproximarem dos seus preferidos por uma atitude que imite a deles. Como sempre, a explicação está mais à superfície do que pretende a "psicologia das profundezas". Embora se continue a tratar de compensações. Onde antes se visava contrabalançar a carência, visa-se aqui compensar a distância.
1 Comments:
At 6:34 PM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihi! Meu Caro Espadachim, todos conhecemos alguém assim. Até rima e é verdade.
A despropósito: é da minha vista, ou temos novidade?
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