Paralelos
A notícia de 84 cidadãos que foram deputados haverem pedido o subsídio de reintegração que lhes é atribuível é uma pequena manifestação das fraquezas humanas e não merece comentário de maior. O facto de essa benesse existir é que já merece duas apreciações breves. Uma, para salientar a falta de confiança que o regime tem nos seus servidores, ou nos que dele se servem, já que não acredita que consigam colocações compatíveis no regresso ao sector civil, pelo que providencia essa maquia. A segunda é para justificar a concessão: reintegrar na sociedade é o que se tenta fazer aos criminosos. E, em muitos aspectos, a actividade legislativa que temos vai-se aproximando assustadoramente da desenvolvida no meio daqueles...
5 Comments:
At 3:03 PM, Anonymous said…
É o subsídio de desmame, muito adequado aquelas Cortes Pecuárias...
At 4:01 PM, Anonymous said…
E hoje a notícia do Correio da Manhã é: Eleições rendem fortunas. Refere-se esta notícia ao dinheiro que o Estado gastou em subsidios diversos para os candidatos autárquicos. É até dado o valor das verbas pagas a Valentim, Felgueiras e Isaltino Morais. Se a isto juntarmos o que o Estado paga em reformas para ex-autarcas... E ainda dizem que a Monarquia é dispendiosa!!!
At 8:36 AM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihihi! Excelente descrição.
Meu Caro Paulo Selão:
Não há muito tempo que «O Velho da Montanha» produziu um excelente "post" em que elucidava completamente sobre os custos da "nossa" República, comparando-os com os muito menores de uma monarquia. Lá tive ocasião de relembrar a célebre votação, no Parlamento norueguês, para optar entre as duas formas de estado, na qual um deputado republicano, mau grado seu, alinhou pela Real Chefia do Estado, justificando, em declaração de voto, que saía muito mais barata ao contribuinte...
Abraços.
At 2:58 PM, Anonymous said…
Aliás, o republicano Nanssen (penso que é assim que se escreve mas não tenho a certeza) optou pela Monarquia por, segundo ele, ser mais barata, permitir mais liberdades e defender melhor os interesses permanentes do país perante o estrangeiro.
At 9:07 PM, Paulo Cunha Porto said…
E ainda há quem não queira ver!
Ab.
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